Semanada > H. Jackson Brown, Jr.
Não se pode ter tudo...
Mesmo tendo garantido que não sairia do BE, o ideal teria sido esta linda rapariga entrar numa das listas do Partido Socialista. Todavia, apesar do sotaque e não obstante o que lhe vai de facto na cabeça,
Joana Amaral Dias, psicóloga e investigadora, ex-dirigente do Bloco de Esquerda, já está emoldurada e na parede do atelier. É bonita, explica-se de maneira inteligível, faz bem à vista.
Inês Medeiros, porém, também fica bem na fotografia. Mas emoldurada e na parede é para outros gostos e outras tendências. Pessoalmente preferia que tivessem tentado convencer a
Lúcia Moniz.
Tenho pena que a tal
Sanfona, vagamente bonita, se tenha embrulhado mesmo no final do mandato e fique arrumada em Alpiarça. Enfim... não se pode ter tudo.
+ Blog 5 Dias
Etiquetas: Joana Amaral Dias, Partido Socialista
Também sei ser SIMplex !
Ao que consta, as queixas mais persistente dos investigadores giravam, sobretudo, à volta dos mesmos problemas: cooperação, transacção da informação, comunicações lentas, hardware e software desactualizados. A implementação das Tecnologias de Informação e Comunicação - TIC -, no âmbito da modernização das forças de segurança, permitiu saltar para um patamar de ais eficaz na comunicação, interacção, recolha e análise da informação e consequente operacionalidade. Este salto qualitativo permitiu igualmente mais proximidade com o público por parte das forças de segurança. O Dr.
José Magalhães, discreto Secretário de Estado da Administração Interna sintetizou, em entrevista à
Exame Informática, o trabalho que tem vindo a ser feito ao longo dos últimos quatro anos. Pena é que a entrevista não esteja disponível online.
As três dimensões têm um tronco comum. Dotar as forças e serviços tutelados pelo MAI de instrumentos tecnológicos para a prevenção e o combate ao crime, para o reforço da protecção civili e da segurança estatal. Demos prioridade à criação de uma Rede Nacional de Segurança Interna (RNSI) – partindo do zero – mas não esquecemos a reforma tecnológica das forças de segurança. Aumentámos fortemente a partilha de indormação, incrementámos a eficiência na utilização de recursos e generalizámos a interacção directa, via serviços, com os cidadão e com as empresas. Modernizámos o recenseamento eleitoral, com uma nova plataforma capaz de dar resposta a um processo automatizado, seguro e fiável. A falta de uma rede segura, de alto débito, para comunicação e ligação das forças e serviços, era uma vulnerabilidade estratégica. Não se podia continuar fazer investimentos parcelares e incoerentes. Precisávamos de ter formas seguras de webservices colocados ao serviço da actividade operacional; isso exigia uma Rede Nacional de Segurança Interna.
+ Wikipédia > Novas Tecnologias de Informação e Comunicação + Policia de Segurança Pública + Guarda Nacional Republicana + Serviços de Informações e Segurança + Serviços de Estrangeiros e Fronteiras + Ministério da Administração Interna
Etiquetas: José Magalhães, Maia, Tecnologias de Informação e Comunicação
JAMÉS e SIMplexes
Há já uns dias que abriu ao público o
blog “JAMAIS” – ou
JAMÉS para os amigos –, da oposição ao centro e à direita do Partido Socialista, reunindo bloggers conhecidos da nossa praça. Alguns divirto-me a lê-los, outros não tanto, especialmente aqueles que se levam mais a sério. Apresentam-se assim e, ao que parece, tem um sintoma comum:
alergia a José Sócrates – o que só lhes fica bem.
Jamais - Advérbio. Nunca mais, outra vez não, epá eles querem voltar. Interjeição muito usada por um povo de dez milhões de habitantes de um certo cantinho europeu, orgulhoso do passado mas apreensivo com o futuro, hospitaleiro mas sem paciência para ser enganado, solidário mas sobrecarregado de impostos, com vontade de trabalhar e meio milhão de desempregados, empreendedor apesar do Estado que lhe leva metade da riqueza, face à perspectiva terrível de mais quatro anos de desgoverno socialista. Pronuncia-se à francesa, acompanhado ou não do vernáculo manguito.
Dos nomes, ficam os actuais, embora me parece que a lista vai ser acrescentada:
Ana Margarida Craveiro, André Abrantes Amaral, Jamais, Joaquim Biancard, José Eduardo Martins, José Gomes André, José Pacheco Pereira, João Caetano Dias, João Gonçalves, João Villalobos, M. Isabel Goulão, Manuel Pinheiro, Maria João Marques, Miguel Morgado, Miguel Noronha, Nuno Freitas, Nuno Gouveia, Paulo Cutileiro, Paulo Marcelo, Paulo Rangel, Paulo Tunhas, Pedro Picoito, Pedro Vargas David, Rodrigo Adão da Fonseca, Tiago Moreira Ramalho.
Registo e
deixo o link, como me compete. Já está estampado o banner ali na coluna do lado, juntinho aos
SIMplexes, para não me acusarem de tendencioso.
Blog JAMAIS ( ou JAMÉ para os amigos)
Etiquetas: Jamais, Oposição
A/c dos meus amigos SIMplexes
Ou, título alternativo, "
Isto é só malandros do contra".
As dificuldades em abrir as portas de saída do inferno, que nos levem a mais receita fiscal ou a menos despesa, ameaçam condenar-nos à pena máxima do colapso. Um dia acordamos e descobrimos que a banca estrangeira já não empresta mais aos bancos portugueses, que por sua vez não conseguem emprestar mais aos portugueses.
Quando José Sócrates afirma que "o défice público não é prioridade" em tempo de "crise económica", está a abrir o caminho para esse colapso.
Helena Garrido, in Editorial do Jornal de Negócios online, 22 Julho 2009
Jornal Económico
Etiquetas: Economia, Finanças Públicas
Com cinco mil euros, apenas…
Ou, título alternativo, "
Zangam-se as comadres..."
Atente-se neste título no
Diário Económico, "
Arlindo criou empresa com cinco mil euros e fez negócio de 40 milhões", e leia-se, seguindo o link, a breve notícia online.
O ex-ministro da Saúde de Cavaco Silva, Arlindo de Carvalho, o seu sócio na empresa imobiliária Pousa Flores, José Neto, e o antigo administrador do grupo BPN, Coelho Marinho, são suspeitos de terem estado envolvidos em negócios que causaram prejuízos superiores a 40 milhões ao grupo Banco Português de Negócios (BPN). Em causa estão créditos alegadamente obtidos de forma irregular junto do BPN por aqueles empresários que terão causado um buraco financeiro. Grande parte dos financiamentos visou negócios imobiliários.
In Diário Económico
... e agora digam-me lá se o Dr. Arlindo de Carvalho é ou não é um bom negociante? O problema consistiu no estudo da operação por parte do banco. Até mesmo no caso do Instituto de Participações do Estado, o senhor dr., aproveitando a oportunidade, também fez um bom negócio. O problema reside em quem o nomeou para o cargo, conhecendo o Dr. Arlindo. Nomeando-o e conhecendo-o, já sabia o que esperar. E provavelmente ele cumpriu bem a tarefa para que foi indigitado. Assim como no BPN, contando com os amigos, é justo concluir que o negócio da multiplicação dos euros não é para qualquer um e, convenhamos, necessita de uns quantos cúmplices.
Diário Económico
Etiquetas: Arlindo de Carvalho, BPN, PSD
A frente blogosférica?
Dos nomes que participam no novo blog
SIMplex reconheço alguns amigos e outros nomes conhecidos. Esperemos que este espaço de notas e de opinião não deslize para um sítio de excessos de enaltecimentos. Contem comigo para a leitura diária.
Não preciso ser convencido, mas mesmo assim, convençam-me.
Fica a actual lista de participantes no blog
SIMplex. E deixo também o link.
Ana Paula Fitas, Ana Vidigal, André Couto, Bruno Reis, Carlos Manuel Castro, Carlos Santos, Diogo Moreira, Eduardo Graça, Eduardo Pitta, Gonçalo Pires, Hugo Sousa, Irene Pimentel, José Reis, João Coisas, João Constâncio, João Galamba, João Pinto e Castro, Luís Novaes Tito, Miguel Abrantes, Miguel Vale de Almeida, O Jumento, Palmira F. Silva, Paulo Ferreira, Pedro Adão e Silva, Porfírio Silva, Rogério da Costa Pereira, Rui Herbon, Rui Pedro Nascimento, Simplex, Sofia L Santos, Tomás Vasques.
Acreditamos num socialismo moderno que aposte no papel do Estado, com serviços públicos de qualidade para todos, com igualdade de oportunidades e no quadro de uma economia de mercado regulada por parâmetros europeus. O PS do centrão e as políticas neo-liberais no trabalho e na economia não nos interessam.
(…)
Queremos, em suma, que o Partido Socialista ganhe as eleições de 27 de Setembro próximo, de preferência com maioria absoluta. Só ele pode contribuir decisivamente para que Portugal se mantenha na vanguarda política do século XXI.
In Manifesto do SIMplex
Blog SIMplex
Etiquetas: Blog Simplex, Partido Socialista
"que só de te sonhar ..."
Vai para uns tempos que ando para inserir
uma nota simpática no blog Samarcanda, da autoria de
Eugénia de Vasconcellos - também autora do blog "
Mátria-minha" -, publicada a 21 de Maio. Como a referida nota é intemporal, fica agora, por nunca ser tarde, neste modesto blog, com um sincero agradecimento à autora destes dois livros.
Edições Colibri > A Casa da compaixão Edições Colibri > Quem pode habitar o teu monte sagrado
"Impossível Luz (signo em Rui Perdigão)"
"O relógio da catedral marca a meia hora depois das oito, vai soar, os pássaros sabem, agitam-se a antecipar o voo. Uma só badalada, curta e seca, e mesmo assim ecoa neste pátio público onde se rezou em árabe no mesmo local onde hoje as portas se abrem apenas diurnamente e à hora certa: intermitentes eucaristias, terços, baptizados e prodigiosos casamentos na era dos divórcios - que alguém queira casar-se à beira do fim do amor parece-me um assombro. As laranjas amargas caíram das laranjeiras; não há quem as colha, não há mel nos gomos. É perfeito entardecer aqui entre as paredes brancas, os telhados de quatro águas, as cegonhas quietas ao alto, o voo das andorinhas e os passos seculares que romperam o tempo. Tenho ao meu lado direito os que amei e morreram e ao meu lado esquerdo os que aqui viveram antes de mim. Um ramo da buganvília carregado de roxo do Senhor dos Passos aponta a porta nova. Desço. O sol desce. Há-de enterrar-se na noite dos nossos corpos e mastigar bem a solidão e a morte. Desço. Ando à procura dos edifícios, rostos familiares onde reconheça a cidade. Os novos refugiados deixam as enxergas dissimuladas nas ombreiras largas das casas institucionais, nas galerias ou atrás dos mais discretos dos bancos de jardim.
(...)
Hoje como sempre, como na hora de todas as mortes que atravessamos para chegar ao fim do dia, a luz. Que eu tenha sempre estes calcários passeios simultâneamente escurecidos e iluminados pelas flores caídas e esmagadas. As flores dos jacarandás: impossível luz."
Eugénia de Vasconcellos, Quinta-feira, 21 de Maio de 2009, in Samarcanda Samarcanda > Impossível Luz
Etiquetas: Eugénia de Vasconcellos
O Palma...
“Como podia eu ter recebido a condecoração sem que tu, antes de mim, a tivesses recebido.”Almeida Santos, citado pelo Diário de Notícias de 11 de Maio de 1995, quando, num jantar de homenagem a Palma Inácio, explicou por que recusara ser condecorado com a Ordem da LiberdadeSempre admirei o Palma. Deixo aqui duas notas de dois amigos, que garanto não são notas cínicas e dizem o essencial sobre o Palma Inácio. Uma do Tomás e outra do João, este de facto um amigo de verdade, que ao longo dos anos me foi recontando momentos da vida fantástica do Palma, sobretudo a vivida em Paris. Sobra-me a pena que tenha sido vetado para a Ordem da Liberdade
*, recusa justificada pelo facto absurdo de ter sido um "um ladrão de bancos". Ele há coisas...
Hermínio da Palma Inácio (1922-2009)Sempre viveu com modéstia, a mesma modéstia com que nasceu. Um amigo do seu amigo, como poucos. Tenho ainda, à espera de serem «trabalhadas», num caderno de capa preta, as notas que resultaram de uma conversa sobre o assalto ao Banco de Portugal. Honro a sua memória.
Tomás Vasques, in Hoje há conquilhas…
Morreu hoje o meu amigo Hermínio da Palma Inácio. A quem deixo aqui testemunho de amizade, e profunda e sincera admiração. Um revolucionário romântico, que nasceu pobre, e morreu pobre. E, sublinhe-se, durante a sua vida de revolucionário, contra a ditadura de Salazar e Caetano, assaltou vários bancos. Incluindo o memorável assalto ao Banco de Portugal, na Figueira da Foz, em 1967. Corajoso, audaz, generoso, amigo de seus amigos. Um grande português. Palma.
João soares, in site pessoal
Nota: A Grã-Cruz da Ordem da Liberdade acabou por lhe ser concedida em 2000, pelo então Presidente da República Jorge Sampaio. Por ironia do destino, imposta por Manuel Alegre. Tomás Vasques > Hermínio da Palma Inácio João Soares > Palma Inácio
Etiquetas: Palma Inácio
Critérios e abordagens
A acreditar que "
A Cultura segundo Sócrates" é um post que transmite informação credível, e com a respectiva vénia aos profissionais nele mencionados – do espectáculo, da representação e da 7ª Arte, da literatura – ficam dois livrinho que, depois de lidos,
podem facilitar a abordagem da Cultura, coisa tão complexa e transversal. Um, assim como que uma base temática para o ensino, de Dietrich Schwanitz, tradução de Lumir Nahodil, edição da D. Quixote, 2004, com o título
Cultura – Tudo o que é preciso saber, um sucesso de vendas, e um outro, de António José Saraiva, com o título
Cultura, da colecção O que é, editado pela Difusão Cultural, 1993, um opúsculo para um entendimento minímo da Cultura, complementado por uma entrevista conduzida por Leonor Curado Neves.
Portugal dos Pequeninos > A Cultura segundo Sócrates
Etiquetas: Cultura, Partido Socialista, Sócrates
Grandes causas… pois
Hoje, lendo no
Correio da Manhã uma notícia sobre os contentores de
Alcântara, a Liscount e a abertura dum inquérito sobre o negócio, resultante da auditoria do
Tribunal de Contas, achei que não ficariam mal aqui duas breves frases do Exmo. Sr. Dr.
Jorge Coelho, proferidas na circunstância da sua renúncia ao cargo de deputado em Outubro de 2006, por “razões pessoais”, presumindo-se que terá sido uma decisão derivada da doença grave. Como entre as causas anunciadas e a prática actual vai uma distância que separa continentes, ficam os sublinhados.
Todos devem contribuir para uma sociedade onde a justiça social e a solidariedade sejam fundamentais. Os políticos, designadamente os deputados, devem trabalhar nesse sentido. Isso motivou-me quando era muito jovem e motiva-me hoje.
--
Continuarei a trabalhar no PS. Não é preciso ser ministro ou deputado para fazer política em Portugal. Estou na vida política e cívica, faço várias coisas em termos de combate político
Correio da Manhã, 31 de Outubro de 2006
Público > Jorge Coelho abandona Parlamento Correio da Manhã > Negócio de Lino sob investigação
Etiquetas: Governo, Jorge Coelho, Terminal contentores
Europe, by Kap
Europe, by Kap. Clique na imagem para ampliar Toonpool > Cartoon Europe, by Kap
Etiquetas: Cartoon, Europa
“A justiça dirá onde é que está a verdade”
Clique na imagem para ampliarHoje, com a pressa, falhei a leitura do
DN, o que é indesculpável. O
DN online normalmente fecha a rotina matinal, neste vicío estranho de saciar todos os dias a curiosidade sobre o estado das coisas - e vida delas - no país e no mundo, apesar de ter mais que fazer. Valeu-me a Luísa, que me enviou o link da notícia e um pdf (em mau estado) do diagrama. No passeio nocturno pelos blogs, dei pelo assunto no
Câmara Corporativa, um post curto, mas que vale a pena ler, bem como a
referência à notícia do DN. O diagrama das conexões é esclarecedor. E lá aparece no quadro, difuso entre tantos,
Artur Manuel de Oliveira Rodrigues
Albarran, metido nas ligações através de uma
Henriques & Andrade. O Artur e outros do mesmo grupo. E eu a pensar que ele se tinha mudado definitivamente para Angola, por uma questão de protecção…
Como diz a dra. Manuela, “
A justiça dirá onde é que está a verdade”. Por isso, faça-se justiça.
Post no Câmara Corporativa > CTT, Banco Insular (Cabo Verde), off-shores… Notícia no DN > Caso CTT: Suspeitos desenharam esquema de comissões
Etiquetas: Negócio CTT
Os bairros "críticos"
Eu não iria tão longe. Não só porque não tenho o talento do dr.
João Gonçalves, mas também por entender que foram menos de trinta e cinco anos – os trinta que sobraram, esses sim, de aplicações erradas de programas, neles conseguimos encontrar as entidades responsáveis pela aplicação das políticas, dos programas e execução dos milhões e milhões de euros, em grande parte sugados pela colateralidade dos programas e pelas supostas permutas. Reproduzo um pequeno excerto do
post no Portugal dos Pequeninos:
De trinta e cinco anos de políticas ditas "sociais" erradas, do imenso equívoco do "multiculturalismo" e de uma comunicação social amortecedora da verdadeira gramática do crime e do castigo. A democracia é este "pacote" de horrores em que toda a gente (até os seus agentes) temem a autoridade responsável. E não há nada pior para toda a gente do que o medo do próprio medo.
Portugal dos Pequeninos > Crime e castigo
Etiquetas: Bairros críticos, Portugal dos Pequeninos.
De fonte segura
Considerando a sua tendência socialista e a fazer fé na informação do Luís Tito, a
Revista OPS! Número 4 será lançada terça feira, dia 14, 18h30, na livraria Círculo das Letras, Rua Augusto Gil, 15 B, em Lisboa.
«
Com um dossier dedicado ao Urbanismo e Corrupção, este número inclui uma entrevista a Guilherme Oliveira Martins, Presidente do Tribunal de Contas e do Conselho de Prevenção da Corrupção. Conta ainda com uma extensa reportagem sobre as pistas apontadas por Maria José Morgado na comunicação intitulada “Urbanismo ilegal – uma justiça impossível”, à volta do sistema de licenciamento urbanístico e os desastres do urbanismo ilegal.»
Informação via A Barbearia do senhor Luís
Etiquetas: Revista Ops
A política sem riscos
Vai para uns quantos anos, penso que na vigência de António Guterres, Mário Soares alertou para a percepção de que o PS se estaria a transformar numa “
agência de empregos”. Ficou o aviso e todos fizeram ouvidos moucos. Com mais uns anos em cima é fácil concluir que o Partido Socialista – tal como o PSD – tem essa valência muito acentuada, sendo perceptível que praticamente tudo orbita em torno de enredos de projectos e de negócios, tal como uma malha muito complexa de empregos dependentes do grau de poder do Partido. Ora, neste contexto em que quase todos sabem que, se quiserem, conseguem um emprego ou uma pequena empreitada, conquanto alinhem com a direcção partidária, é perfeitamente natural que os princípios vão à vida e as ideias políticas metidas no congelador à espera de melhores oportunidades.
Leonor Coutinho, por exemplo, arreliada com a “mudança de regras a meio do jogo”, revela bem um modo pouco recomendável de estar na política e encarar o discernimento do povo, atitude que fez escola e já está interiorizado por grande parte dos jovens socialistas.
Quando apresentei a minha candidatura disse que era perfeitamente compatível o lugar de deputado com o de candidato autárquico, porque se ganha a eleição, obviamente a lei define que o cargo não é compatível, agora um vereador da oposição não tem emprego na câmara, para se dedicar a essa tarefa tem de ter outro emprego.
É isso mesmo:"
Escolham!", terá dito
Manuel Alegre, pedindo aos visados que façam pedagogia, que dêem o exemplo. O que, estou em crer, é um apelo que de nada servirá, desde que
Elisa Ferreira e
Ana Gomes mantenham as suas candidaturas às Câmaras Municipais do Porto e de Sintra.
Pois é… é o que temos, meus senhores. E a tendência é piorar. É que, depois da frase de antologia "
Quem se mete com o PS, leva!", parece provado outra coisa misteriosa: que não se molha quem anda à chuva com o PS.
DN no Sapo
Etiquetas: Partido Socialista
Mas o que é isto?
Não. Não é só a falta de profissionalismo e criatividade dos designers que trabalham para o Partido Socialista. Há decerto mais qualquer coisa escondida, mais profunda, que orienta para o piroso, para a linha de leitura baixa.
A campanha de 2005 do Partido Socialista proponha uma mudança de rumo através deste outdoor de uma pobreza gritante. Aliás, para sermos honestos, nem era preciso dizer ou fazer fosse o que fosse já que as eleições estavam ganhas, na fatalidade desta alternância. O mérito não devia ter recaído nos tipos do marketing, mas antes em Durão Barroso – daí o “porreiro, pá!” e o recente apoio à sua candidatura por parte de Sócrates –, e em Santana Lopes, na altura o bombo da orquestra.
Os responsáveis partidários não são nada exigentes em relação à concepção das mensagens. Hoje, tempo em que é necessário produzir objectos inovadores e de qualidade também nas campanhas eleitorais, deparamos com esta coisa desconexa, um Sócrates rodeado de mulheres, uma mensagem visual em que não se consegue vislumbrar o sentido, por muito boa vontade. É razoável perguntar se será deliberadamente impenetrável? Ou será que o voto feminino é o suposto último reduto, pensando que colocar mulheres no suporte visual vai angariar votos femininos? Infantil. Já agora, quem é a rapariga? É a irmã do designer, é a account júnior da agência, é prima de Sócrates, quem é? É a linha média da imagem fas mulheres portuguesas? Adiante.
Não creio que a concepção deste outdoor seja já produto dos "homens de Obama". Por isso aguardo curioso o que vem para aí… É que isto de escrever discursos inteiros nos outdoors, folhas de papel de luxo, é um opulência que o PS devia evitar, reflectindo sobre o estado de penúria de grande parte dos portugueses. Campanhas à Terceiro Mundo, diríamos. Enfim...
Se fosse “homem de Obama”, examinando a parolice modernaça que levou a imagem de Sócrates à exaustão – o que é uma proeza na Europa – por gozo proporia uma operação plástica, qualquer coisa como esta remodelação e, quem sabe, da saturação saltaríamos para o charme.
Em certa medida como contraponto, deixo um exemplo de uma peça de campanha do SPD, muito bem engendrada, sobre a protecção das espécies. Quem tiver curiosidade, também pode dar um salto ao Flickr e espreitar a campanha para as europeias.
Campanha bem concebida, apesar da derrota do SPD. Fica o link.
Flickr > Peças de campanha do SPD para as europeias
Etiquetas: Partido Socialista, Sócrates
As peças e o tabuleiro
O Exmo. Sr. Dr. Manuel Pinho é um homem do BES. Presumo que nos cargos de administração ocupados no grupo – incluindo os fundos ESAF, de "client oriented" - deve ter sido uma ligação de excelência aos governos (e ministros) do PS, e mais tenuemente aos do PSD, influenciando negócios e gestão de "janelas" de oportunidades. Por esse facto, é genuíno que o Exmo. Sr. Dr. Ricardo Salgado, Presidente do BES, tenha afirmado que "Manuel Pinho foi um bom ministro". Uma distinção correcta e fica-lhe bem enquanto patrão, que sempre soube colocar no tabuleiro as peças da sua instituição, e na qualidade de amigo. E mais não digo...
A talhe de foice, questiono-me sobre que escritórios ou departamentos, com a missão de orientar as carteiras de títulos, estará a fazer a gestão do papel de empresas como a Galp, a Galp Energia, da Edp, da Edp Renováveis, da Pt e, como é óbvio, da Mota-Engil, para citar algumas. Ou das empresas proprietárias das minas de Aljustrel e Gavião...
Etiquetas: BES, Manuel Pinho
O excelente "facilitador"
Sobrou-me a impressão de que Isabel Pires de Lima foi remodelada por não estar de acordo com o negócio do Museu de Joe Berardo. Considerando o convite que Berardo terá feito ao ex-ministro, para ser administrador da sua Fundação, estou a imaginar Isabel Pires de Lima espalmada entre o então Ministro da Economia, o delicioso Dr. Manuel Pinho, cognoscente de fotografia, e o Exmo. Sr. Dr. José Pinto Ribeiro, na altura administrador da Fundação Berardo e actualmente Ministro da Cultura.
Até agora, o simpático (e incómodo) Joe Berardo – a quem alguns nomeiam de “chefe” – fez o que qualquer um faria para ganhar dinheiro, não tendo apresentado qualquer rasgo no universo dos negócios. Calculo quais sejam os segredos para tanta acumulação de capital e de tanta dívida. Imagino...
Etiquetas: Joe Berardo, Manuel Pinho
De Peniche ou de Vilar de Maçada?
Quando se presume que Sócrates, apesar de ter muitas conversas com Manuel Alegre, na realidade quer é vê-lo longe e reformado, não tem lógica, excepto num quadro elaborado de fingimento, que esteja a fazer um enorme esforço para que o histórico integre as listas do PS, nem que seja no simbólico último lugar. Estamos sempre a aprender com as “inovações” desta nova cartilha “moderna”. Soares, como muitos frisam, tem muitos defeito. Mas poucas vezes a sonsice foi a base do seu comportamento e da comunicação política. Outras escolas... modernas também.
Etiquetas: Manuel Alegre, Partido Socialista, Sócrates
Um erro à vista
Atendendo ao que se escreve por aí, Manuela Ferreira Leite prepara-se para não considerar o nome de Pedro Passos Coelho para deputado. Diz-se que muito pressionada – o que é uma boa táctica para tomar uma decisão sem ser responsável. A acontecer um despacho no sentido da exclusão, a líder do PSD revela que não lida bem com as oposições internas, no jogo democrático. Estou em crer que o problema nem sequer é Passos Coelho, mas sim Ângelo Correia. Não compreenderei a sentença vinda de quem conseguiu ingerir Santana Lopes.
Calculo que Passos Coelho solto é bastante mais prejudicial do que enquadrado no grupo parlamentar, sujeito a uma certa disciplina.
Enfim... quem sabe um erro à vista.
Pacheco Pereira lá terá as suas razões (figadais), como sempre.
Etiquetas: Manuela Ferreira Leite, Pedro Passos Coelho, PSD
Levam-nos por parvos…
O post no corta-fitas, com o título "Tristeza", assinado por Tiago Moreira Ramalho, é um requinte de certeiro.
Também eu já tinha apostado em como o senhor “Miguel Abrantes”, do Câmara Corporativa, lá para os lados do forte da Ameixoeira, iria calar o acontecimento dos cornos. E calou.
Leia-se, pois, o post.
Corta-fitas > Tristeza
Etiquetas: Câmara Corporativa, Corta-fitas, Manuel Pinho, Marcos Perestrello
“(…) rezo muitas orações improvisadas”
Depois ter sabido, através dos outdoors que foram afixados ontem, quem é o candidato do PSD à Câmara Municipal de Oeiras, sublinhei algumas partes da
entrevista de Isaltino Morais ao jornal
i.
Manuela Ferreira Leite é a líder de que o país precisa?Precisamos é de um primeiro-ministro que não pense como os candidatos à Câmara de Lisboa: mal são eleitos já pensam ser candidatos a Presidente da República. Precisamos de um primeiro-ministro que saiba planear a longo prazo e coordenar os ministérios.
Acredita que vai ser capaz de renovar o PSD? Tenho muita estima pela Dra. Ferreira Leite e acho que está a surpreender. Houve um grupo de pessoas que, com alguma cobardia e sentido de oportunismo, tinham muita vontade de liderar o partido. Mas como José Sócrates estava na mó de cima, não tiveram coragem de avançar. Não quiseram ir fazer o frete à espera que Sócrates caísse. Queriam esperar pelo momento para depois sacudirem a líder. A surpresa, hoje, é que é ela quem os sacode.
Quem são "eles"?Alguns dos que a apoiaram. E que pensavam que a sua liderança seria sol de pouca dura. A surpresa é que Ferreira Leite escolheu quem quis - e não quem eles queriam - para o Parlamento Europeu, e ganhou. É curioso: os que a criticavam começam a dizer bem dela e os que a apoiavam estão na reserva.
(…)
Acusam-no de não ter cumprido promessas…É verdade. Mas quem leu o meu programa sabe que é para 10/15 anos. Cumpri 120% do programa do Bloco de Esquerda, 100% do programa do PCP, 95% do programa do PS e PSD. Do meu programa só cumpri 30 a 40%. Sou mais ambicioso que todos os outros.
Diário I > Isaltino Morais > Sempre houve sacos azuis Diário i > Home
Etiquetas: Isaltino Morais, Jornal i
Paradípsico
Um poema do livro "Pássaro paradípsico", de Manuel Lourenço, com ilustrações de Mário Cesariny. Editora Perpspectivas e Realidades. 1979.
.....................ecos
....................do mar
.................moto
.....................em sílabas
.................... q
.....................deslizam
...................... panorâmicas
.....................&
..................c h o v e
..................o
.........p r o f e t a
...................... das
....................p l u r a l i d a d e s
....................como
..................pássaro
................paradípsico
................hoje
.................a
..ambivalência
................das
................caixas de fósforoM.S. Lourenço nasceu em Sintra com o Sol no Touro, a Lua no Aquário e Virgem no Ascendente, no ano de 1936. Escreveu diversos livros absurdos de Poesia até que morreu no dia 15 de Janeiro de 1973 em Dorchester, Oxfordshire, Inglaterra, ao tomar um banho quente. O seu corpo, durante o banho, revelo para a posteridade o segredo da sua natureza genética: M.S. Lourenço era uma truta. As suas enormes escamas caíram uma a uma e foram finalmente engolidas pelos esgotos do condado.
Jaz no estrume de Dorchester com a esperança de se tornar um cacto.
Etiquetas: Poesia e Artes
Transtorno bipolar
O transtorno bipolar, mania ou depressão, é marcado por mudanças incomuns no humor, na energia, na actividade e na capacidade de realizar as tarefas do dia-a-dia. Tal como a esquizofrenia, o transtorno bipolar geralmente manifesta-se na adolescência ou tem um início tardio da idade adulta, embora possa não ser diagnosticada durante muitos anos. Os altos e baixos são diferentes e podem resultar em danos nos relacionamentos, no pobre desempenho na escola e nos postos de trabalho, podendo conduzir até mesmo ao suicídio. Às vezes, uma pessoa com graves episódios de mania ou depressão, tem sintomas psicóticos, como alucinações e delírios, como acreditar que é famosa ou tem muito dinheiro.
Etiquetas: Depressão, Transtorno mental
Um post “Maria vai com as outras”
Ontem, contrariando os meus hábitos, consegui ver uma entrevista inteira, a de Manuel Pinho, na Sic. A coisa correu-lhe bem. Até mesmo quando rasgou a folhita de papel reconheci ser uma teatralidade muito ilustrativa, que o comum dos portugueses aprova. Mais uma vez, tal como outros membros do governo, pareceu-me que deixou transparecer uma certa dificuldade em enunciar e explicar o trabalho feito e o sentido das suas política – quem sabe, mal assessorado em termos de comunicação e imagem. No entanto, não conduz a lado nenhum insistir no gesto irreflectido do Ministro da Economia. Revelou, embora muito disfarçado, um sentimento de injustiça da nossa parte, nós que o avaliamos todos os dias e em actos eleitorais, nesta coisa chata que é o exercício da cidadania. Essa percepção provavelmente ter-lhe-á estragado o sono, tendo em conta o blazer, a camisa, a gravata amarela, a mesma vestimenta de ontem na entrevista. Mal dormido, certamente farto de ser avaliado - como tantos milhares de portugueses -, cansado de tanto se esforçar por cumprir com zelo a sua missão, cercado de mentiras e suspeições, é natural que tenha perdido o sentido de Estado no confronto com o convencido rapaz do PCP, perdendo também a noção do contexto. Obviamente demitiu-se, como meio mundo sabe. E os chifres ficarão como a sua imagem de marca. Veremos como será o retrato que a História lhe fará.
-
Notar que este post não tem nenhum interesse e justifica-se apenas para que o acontecimento fique registado aqui. Confesso que ao referir o nome de Manuel Pinho, espero que isso tenha como resultado um pequeno aumento de audiência.
Etiquetas: Governo, Manuel Pinho