Semanada >   H. Jackson Brown, Jr.
When you lose, don't lose the lesson

terça-feira, fevereiro 27, 2007

Temporariamente…

... a falar sozinho.




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www.god.va ?



«
Não sabemos que sistema operativo usa Deus,
mas o Vaticano usa Linux
»

Cita de Judith Zoebelein, a freira webmaster desde 1995 do site web da Santa Sé ().

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Três verdades…

… óbvias.Na página pessoal de João Soares (), que podem ser confirmadas no Pravda, na lógica do presente e no hinduísmo. Haia, Gore e Vida, uma triangulação autêntica.
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«O Tribunal Internacional da Haia, (onde há muitos anos fiz um trabalho a convite de Jorge Campinos, tradução da sentença de delimitação da fronteira marítima entre a Guiné Bissau e a Guiné Conakri) absolveu a Sérvia da acusação de genocídio na Bósnia. Foi genocídio, mas a Sérvia foi isenta de responsabilidade directa. É uma decisão, que espero seja justa, boa para a tranquilidade dos Balcãs.»
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«(…) A verdade é que se ele (Al Gore) tem sido o eleito, nas eleições que ganhou há anos, o mundo seria provavelmente diferente, hoje.»
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«(…) É a roda da vida.»

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segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Conspurcar…

… os votos?
Não me perguntem porquê. Talvez pelos conteúdos disciplinados entremeados por algumas sinuosidades saudáveis. Mas leio regularmente as notas do Blog PS Lumiar (). Hoje, sem espanto, li sobre corrupção, assim uma coisa ao género de caldo entornado, enxertada de outro blog, parecendo-me, porém, um tiro no pé do ingénuo bloguer. Mas é agradável a inclusão da nota, que passo a reproduzir: «No Estado, como nos partidos, a cultura da excelência deu lugar à do compadrio criando um ambiente de subserviência e oportunismo onde sobrevivem os mais oportunistas e corruptos. É ridículo que sejam os responsáveis por este estado de coisas armarem-se em puritanos no parlamento com propostas generosas de combate à corrupção. ()
Veja-se o que o PSD fez na Câmara Municipal de Lisboa onde procedeu a um verdadeiro assalto com um exército de inúteis que precisa do partido para encontrar emprego. São vereadores idiotas, administradores de empresas municipais incompetentes e assessores inúteis, todos eles pertencentes às clientelas pessoais de António Preto, Marques Mendes ou Santana Lopes.»
Indica-nos o autor do blog que a fonte é o blog O Jumento, mas não insere o link. Acreditamos.

Das braguilhas ou o tamanho importa?*
O Luís, sobre o "chega-te à frente" para Lisboa, escreve assim: «Esta não exclusão, ainda que por princípio, causa-me alguns arrepios e faz-me lembrar tempos distantes. () Penso que Nuno Gaioso Ribeiro também não excluiria, por princípio, ser ele a liderar essa lista.
Será que na tal reunião numa Secção de Lisboa do Partido Socialista irá igualmente apresentar a tal não exclusão, ainda que em princípio, ou limitar-se-á a fazer um balanço da sua actividade como ex-vereador do PS (que lhe retirou a confiança política)?
A paródia, em Lisboa, também pode ser de Revista.
Com ou sem Parque Mayer.»
O Luís, tal como uns milhares de lisboetas, ri-se do regabofe, de um lado e de outro. E só lhe faz bem à mente.
*O título, retirado do contexto do seu post sobre longuezas de membros, é igualmente do LNT, no Tugir. ()

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Um Til Tomorrow...


Otto Griebel. Die Internationale
…que se estica, aqui, no “conquilhas“. Prolongadíssimo, a valer por dois dias. Gosto do escaparate no sidebar. Deixo aqui, para o Tomás, outro “até amanhã”, do mesmo pintor, ( Otto Griebel e Die Internationale), que aqui, no “amanhã não se sabe”, nos lança um “Até amanhã”, desde ontem. E já são 18H30.

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«Atravieso la vida…

… como el que atraviesa velozmente un campo de minas. Casi sin pisar el suelo, siendo consciente que en una de esas pisadas, algo explotará bajo mis pies. Por muy rápido y ligero que camine, alguna presión he de aplicar, en algún momento sobre algún punto concreto y brutal. Explosión e implosión.»
Excerto de nota no blog La Ciruela electrica

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Memórias…

… e raízes: «Os africanos dizem que as raízes de uma árvore não dão
sombra.»

Nota no Blog A Montanha mágica

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Não Ser

Imagem picada aqui

O conceito de «Não Ser» deriva de várias constatações em relação ao Caos e ao modo aleatório que marca a Criação no Mundo de Hoje, no qual impera o Non-Sense. Esta necessidade constante de atenção ao que é incongruente na aparência, leva-nos a elaborar pensamentos constituídos por imagens, percepções e sensações, muitas das vezes em nada compatíveis ou identificadas entre si, desafiando-nos os resíduos dinâmicos de cultura individual e as capacidades emergentes da imaginação.
O fio condutor é, pois, uma enormidade caótica, mas que encerra uma lógica, em grande medida, geométrica e matemática.
Partindo do princípio aceite de que mesmo as coisas em desordem têm uma ligação – caso contrário nem sequer existiam -, relação essa que lhes confere a existência caótica, poderemos, não sem algum receio, extrapolar esta acepção para a organização imagética de um quadro, experimentando partir de um tema, forçando o processo de criação com os estigmas do non-sense, fundindo imagens, ao género de associações esquizofrénicas de pensamento, de maneira absolutamente aleatória e casuística, deixando que o Caos se expresse e formalize qualquer coisa Não Ser no espaço do quadro. Esta criação de objectos de espanto, que confundem as orientações descodificadoras assumidas, funciona como um vírus que se instala numa quadrícula de ideias feitas, de preconceitos, de comportamentos estabilizados, provocando uma certa desorientação face a um objecto composto por coisas concretas, mas que exige uma certa abstracção, para chegar a um ponto de interpretação possível. Chegados a esse ponto, conseguiremos então perceber que o Caos faz parte do nosso imaginário, e que a mente lhe pode atribuir significações harmoniosas, desde que percorra a esquerda e a direita e de cima a baixo, obrigando-nos a sair do nadir confortável em que mentalmente nos encontramos.
E se antes a estratégia era definida a partir de ideias, cálculos, objectivos e ponderações de probabilidades e espaços, hoje essa estratégia recolhe também cenários caóticos, que requerem outro tipo de conhecimento, de sensibilidade e capacidade de construir cenários.
Obrigado pela paciência.

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Coisas a ver…

… rapidamente. Teatro de qualidade, sem megalomanias, O Rapaz dos Desenhos, no Teatro Aberto. «Trata-se de uma peça terna sobre amizade e compreensão. Mário e Ângelo conheciam-se desde crianças, foram juntos para o serviço militar (frente da II Guerra Mundial, na Inglaterra), onde Ângelo foi ferido. De regresso ao Canadá, compraram uma quinta onde permaneceriam isolados, vivendo do trabalho agrícola. Os rituais rotineiros sucederam-se ao longo de anos até que Miguel, um jovem actor em busca de informações para escrever uma peça, introduz uma profunda alteração nessa vida cheia de gestos repetidos. A história que Mário contava a Ângelo acabaria por ser reconstruída.»
Excerto de nota de Rogério Santos, in blog Indústrias Culturais




The Departed, de Martin Scorsese





The Last King of Scotland
e o melhor actor principal, Forest Whitaker



The Queen

e a melhor actriz principal, Helen Mirren



Little Miss Sunshine
e o melhor actor secundário, Alan Arkin



Dreamgirls
e a melhor actriz principal, Jennifer Hudson



An Inconvenient Truth, o melhor documentário

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domingo, fevereiro 25, 2007

Hélas…

… mais um dia! «Agora já estás em perigo. O maior perigo que corres neste momento é o de te pareceres contigo, pareceres-te com aquele do primeiro plano rodado há uma hora.»


«Continua a esquecer.
Continua a esquecer ainda mais. »

Marguerite Duras in Textos Secretos. Ed. Quetzal

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sábado, fevereiro 24, 2007

Clipping…?

O deitar de hoje como todos os dias. Sempre fora do tempo. O dia de José Afonso foi ontem ou anteontem?

Não me obriguem
A vir para a rua
Gritar
Que é já tempo
D'embalar a trouxa
E zarpar


O marxismo de rosto humano deve deixar-nos inquietos? Eu não entraria num debate teórico para saber se sobressairá mais o marxismo, o marxismo-leninismo ou marxismo-leninismo-estalinismo-maoismo nas relações entre pessoas da Esquerda. As ideias base de todas essas ideologias, agora que se estão a esboroar, parecem falsas, por isso devem ser encaradas como questões enganadoras. A coerência da doutrina e daqueles que a propagaram e propagam é que deve ser considerada como factor histórico para entender e prever o comportamento da esquerda da esquerda ou da extrema-esquerda plural.


«Não há uma consciência ética forteque censure a corrupção em Portugal, esse é o grande problema. A maior parte dos portugueses durante muito tempo encaravam a corrupção como uma coisa que naturalmente acontecia e que todos faziam»


«Quando se sofre julga-se que para lá do círculo existe a felicidade; quando não se sofre, sabe-se que a felicidade não existe e sofre-se, então, por não sofrer.»
Cesare Pavese


«Os homens compram tudo pronto nas lojas... Mas como não há lojas de amigos, os homens não têm amigos»
Antoine de Saint-Exupéry


«É desta onda que reflui das recordações que a cidade se embebe como uma esponja se dilata. Uma descrição de Zaira tal como é hoje deveria conter todo o passado de Zaira. Mas a cidade não conta o seu passado, contém-no como as linhas da mão, escrito nas esquinas das ruas, nas grades das janelas, nos corrimões das escadas, nas antenas dos pára-raios, nos postes das bandeiras cada segmento marcado por sua vez de arranhões, riscos, cortes e entalhes.»
In As Cidades Invisíveis, cap. As cidades e a memória. De Italo Calvino. Ed. Teorema


«Tristesse du réveil. Il s’agit de redescendre, de s’humilier. L’homme retrouve sa défaite: le quotidian.»
Henry Michaux


Tristesse

J'ai perdu ma force et ma vie,
Et mes amis et ma gaieté;
J'ai perdu jusqu'à la fierté
Qui faisait croire à mon génie.
Quand j'ai connu la vérité, j'ai cru que c'était une amie;
Quand je l'ai comprise et sentie,
J'en ai été dégoûté.
Et pourtant elle est éternelle,
Et ceux qui se sont passés d'elle
Ici bas ont tout ignoré.
Dieu parle, il faut qu'on lui réponde.
Le seul bien qui me reste au monde
Est d'avoir quelques fois pleuré.
Alfred de Musset


«Ce qui fait les hommes de génie ou plutôt ce qu'ils font, ce ne sont point les idées neuves, c'est cette idée, qui les possède, que ce qui a été dit ne l'a pas encore été assez.
Eugène Delacroix


The Old Dust

The living is a passing traveler;
The dead, a man come home.
One brief journey between heaven and earth,
Then, alas! we are the same old dust of ten thousand ages.
The rabbit in the moon pounds the elixir in vain;
Fu-sang, the tree of immortality, has crumbled to kindling wood.
Man dies, his white bones are dumb without a word
While the green pines feel the coming of the spring.
Looking back, I sigh; looking before, I sigh again.
What is there to prize in the life's vaporous glory?
Li Po’s poem



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sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Longe da politiquice…



… "lugares onde se pode respirar". Bárbara Guimarães, na sua passagem pela política, não foi feliz. No entanto, o seu programa televisivo é bastante recomendável e, creio, feito com imenso prazer. Deste último, apresentou-nos Filipa Leal. Escritora. Jovem. Portuense. Interessantíssima. Decidida.
Um excerto de A Cidade líquida e outras texturas:

«A cidade movia-se como um barco. Não. Talvez o chão se abrisse em algum lado. Não. Era a tontura. A despedida. Não. A cidade talvez fosse de água. Como sobreviver a uma cidade líquida?

(Eu tentava sustentar-me como um barco.)»
--
E um poema dito pela própria, que é um encanto.

A Cidade esquecida

Ela disse: Sou uma cidade esquecida.
Ele disse: Sou um rio.

Ficaram em silêncio à janela
cada um à sua janela
olhando a sua cidade, o seu rio.

Ela disse: Não sou exactamente uma cidade.
Uma cidade é diferente de uma cidade
esquecida.

Ele disse: Sou um rio exacto.

Agora na varanda
cada um na sua varanda
pedindo: Um pouco de ar entre nós.

Ela disse: Escrevo palavras nos muros que pensam em ti.
Ele disse: Eu corro.

De telefone preso entre o rosto e o ombro
para que ao menos se libertassem as mãos
cada um com as suas mãos libertas.
Ela temeu o adeus, disse: Sou uma cidade esquecida.
Ele riu.

In A Cidade Líquida e outras texturas, de Filipa Leal. Ed. Deriva

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O João…

… está disponível. Não sou eu que digo. É ele próprio que se insinua no Portugal Diário. O João diz não estar "indisponível" e com toda autoridade: foi o único presidente de Câmara que caiu num buraco duma obra, que me recorde. O acidente aconteceu, de facto, por "paixão" pela cidade.

Em tempos, há cerca de um ano, num jantar com um amigo acabado de ser nomeado para um bom lugar (por conseguinte, mais um jantar à borla), introduzi na cavaqueira a possibilidade de ainda haver espaço político para João Soares. A reacção, que me espantou, foi imediata e peremptória quanto a qualquer veleidade de João Soares vir a ser convidado para um lugar de poder, enfatizando o facto de estar acabado politicamente. Presumi que no segredo dos deuses João Soares teria o julgamento decidido por um delito qualquer de lesa- pátria ou lesa-povo, uma enormidade da qual não conseguirá redimir-se aos olhos dos poderosos. A contestação foi tão expressiva que fiquei com a impressão de esta encobrir uma represália que rondava a coisa abominável: o rancor - um sentimento que se sedimenta com imensa facilidade no universo da política, tal como a inveja. Todavia, “Salvatore Stupido“, não entendi se a refutação era genuína ou apenas efeito dos copos. Mas fiquei a ruminar no assunto.

Passadas umas quantas peripécias indecentes que nos levaram a esta pouca vergonha “política”, esperando que se concretize a última encenação do PSD, que é colocar em cena presidencial a actual vice-presidente, a vereadora Marina Ferreira, fraquinha, mas útil, agitam-se as mentes mais ambiciosas e mais informadas, pondo a descoberto as tendências ao centro, tanto no PSD como no PS, bem como se descobrem triangulações insólitas de cada disposição no actual cenário partidário e camarário ao centro.
O João não diz estar disponível. Mas não está "indisponível". Disposto, quererá ele dizer, para negociar uma concertação à Esquerda, incluindo umas sensibilidades do PS, o heterogéneo BE e o PCP, com algumas pontes para o centro e uma certa direita liberal. O João e mais uns quantos que se sugerem a eles próprios para candidatos, que passaram, assim sem mais nem menos, a desejar o poder da Câmara de Lisboa. Isto quanto à presidência. Em relação a lugares elegíveis para vereações nem vale a pena falar na bicha de interessados e a chegarem-se à frente. Que espectáculo engraçadíssimo!

Também gostaria de me inscrever… Ainda vou a tempo?


(Creio que foi Rui Godinho, antes de sair da Câmara, que terá dito, a propósito da lama nas ruas por causa do túnel da João XXI, que teríamos obras por mais 30 anos. Entretanto já passaram para aí uns doze... Não desistam.)

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Para acabar tranquilamente a jornada…

… sobrevém que estou em pleno desacordo, é… em pleno desacordo. Mas não posso adiantar mais, não posso dizer. É o segredo.
Claro que sim, mas não posso dizer. Não… não posso. Vejam… É o segredo.
Pois. Certo. Não insistam. Acreditem, mas não posso dizer… Sabem, é o segredo.
Durmam bem. E espreitem o blog Claro e as suas perceptions sobre a Madame Royal e o fado.

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Lisboa…

… por acaso continua coisa boa, apesar do regabofe que se vai abruptamente instalando. Ler aqui, no blog Lisboa, quem te viu e quem te vê, parte da novela em écran plasma, cenas tão embaraçosas para o eleitor de boa-fé, não iniciado nestas andanças autárquicas do metro quadrado nas grandes metrópoles.



Creio que a coisa acabará como ilustra esta imagem sacada no blog Suspeitix. Acresce que escasseiam os argumentos para explicar aos meus amigos mais laicos que não se deve julgar por este pedaço de pouca vergonha na capital o nível do carácter de todos os lisboetas. Porém, que dizer, azar o nosso. É a vida das coisas. O que é que havemos de fazer. Pior seria se Ramsfeld tivesse optado por intervir aqui e não no Iraque. Não calhou...

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