Semanada >   H. Jackson Brown, Jr.
When you lose, don't lose the lesson

domingo, setembro 30, 2007

“É inútil porque a morte é uma puta”


Uma coisa é certa, saiu deste susto um homem diferente e com vontade de ser mais sincero e de outro amar.
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Há instantes de intensa felicidade - às vezes sinto as lágrimas a caírem-me pela cara - e momentos de grande irritação porque num dia consigo fazer meia página e no noutro só três linhas. O material resiste, as palavras não chegam, o livro não sai. Normalmente as primeiras duas, três horas são perdidas, os mecanismos sensórios ainda estão muito vivos. Então, quando começo a estar cansado, as coisas começam a articular-se com mais facilidade. É como quando estamos a dormir e de repente temos a sensação de termos descoberto os segredos da vida e do mundo, mas sabemos que estamos a dormir. Lutamos para acordar e quando chegamos à superfície não temos nada, diluiu-se enquanto fomos subindo. Quando consigo um estado próximo dos sonhos é muito mais fácil trabalhar e só o tenho estando fatigado.
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Acho que as pessoas não foram feitas para a morte mas para a vida e para a alegria.
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É mais simples do que se pensa. Este ano, tive um problema de saúde e sofri isso na pele, acho que o problema está ultrapassado mas foi um ano duro. E a minha atitude era sobretudo de espanto, e a minha preocupação era ter uma atitude digna e não cobarde. Vi pessoas com uma coragem extraordinária e aprendi com elas lições de vida, coragem e dignidade. As pessoas comportavam-se como príncipes perante a situação e eu pensava estou aqui com pessoas que são melhores do que eu, com uma imensa dignidade no sofrimento. Isso foi uma coisa que me comoveu muito e fez pensar que vale a pena viver entre os homens e com eles. Todo o sofrimento é injusto... Em nome do quê é que uma criança de três anos morre com um cancro ou uma leucemia? É muito injusto, qual a razão disso? Sempre me intrigou a razão deste sofrimento porque o do interior tê-lo-emos sempre. Estamos carregados de dúvidas e certezas e as perguntas que nos fazemos ficam muitas vezes sem resposta. Porque vivo assim, em que falhei e magoamos pessoas sem darmos conta com uma frase que para nós é completamente anódina. Julgo que o segredo é estarmos atentos aos outros mas frequentemente não estamos e, sobretudo, não reparamos que são diferentes de nós. Daí o problema de escrever, como colocar em palavras coisas que por definição são anteriores às palavras? Como tentar cercá-las com palavras? Há zonas em mim que desconheço, portas que nunca abri e que, no entanto, aparecem nos livros e provocam-me uma certa perplexidade ao querer saber de onde é que isto vem, de que profundidades nossas, que todos temos.
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Eu agora jogo com as cartas para cima, está tudo à vista porque é a única maneira de viver.
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Algumas das pessoas mais cultas que conheci eram analfabetas e algumas das coisas mais profundas que ouvi foram ditas por pessoas de pouca instrução. Uma mulher disse-me uma vez "quem não tem dinheiro não tem alma".
Lobo Antunes em entrevista ao Diário de Notícias
Entrevista no DN
Site não Oficial de António Lobo Antunes
Bibliografia

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Vidências?



O venerável Dr. Soares, nosso excelentíssimo Mestre em tantas coisas da Vida e outras tantas políticas, que nos preencheu com coragens os inícios de vida, achou que seria conveniente avisar-nos do que vem para aí, uma "desgraça", no que respeita à nova liderança do Partido Social-democrata. Não tenho estatuto nem posição para tecer comentários. Mas não resisto a dizer um disparate: acontece que das palavras do Dr. Soares não percebi se a "desgraça" é para o Partido Socialista ou para o País - sendo que o PSD, generalizando, já é uma desgraça vai para uns largos anos. É que cheira-me a próximo primeiro-ministro, numa alternância dentro do mesmo grupo, independente dos partidos, mas dos chefes da maralha que se sentam à mesa para decidir como entreter o futuro das formiguinhas.

Diário Digital

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sexta-feira, setembro 28, 2007

Burma's


Sayadaw
, uma das personalidades mais respeitadas no mundo do Budismo, morreu em 29 de Novembro de 2003. Na foto, tirada em 1995, com Aung San Suu Kyi, durante o período da sua primeira detenção domiciliária. Aung San Suu Kyi ficou conhecida no palco internacional como símbolo de heroicidade e resistência pacífica perante a opressão. Prémio Nobel da Paz em 1991, altura em que foi detida na residência por seis anos.
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Burma's human rights record has been rated one of the worst in the world after Algeria.
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A actual crise teve início a 19 de Agosto com protestos contra o aumento do preço do combustível e subiu de tom quando os monges se juntaram aos manifestantes.
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About Burma
Key facts about Burma, which is experiencing the largest protests since a failed democracy uprising in 1988.
Country
Burma, also known as Myanmar, is a Southeast Asian nation bordered by Bangladesh and India to the west, China to the north and Thailand and Laos to the east and southeast. Its total land area is 262,000 square miles, or slightly smaller than Texas. Its population is 54 million.
Politics
Myanmar has been ruled by the military since 1962. Dictator Ne Win was replaced in 1988 by another group of generals who crushed a pro-democracy movement that left thousands dead. The junta held general elections in 1990, but refused to honor the results when Aung San Suu Kyi's National League for Democracy party won. Suu Kyi has been under house arrest for almost 12 of the past 18 years. In 1993, the government launched a self-described, seven-step democratic "road map." The first step was finished in September with the completion of guidelines for a new constitution. No date for a referendum on the constitution or elections has been set
Economy

Once Southeast Asia's most prosperous country, Myanmar today is one of the world's 20 poorest nations, with a per capita income of about $200. Burma, Somalia ranked most corrupt
Burma and Somalia have been ranked as the most corrupt nations in Transparency International's 2007 index, adding pressure to the Southeast Asian country's military regime as it faces the biggest anti-government protests in nearly two decades.
Transparency International's 2007 Corruption Perceptions Index scored 180 countries based on the degree to which corruption is perceived among public officials and politicians.
Burma, also known as Myanmar, and Somalia received the lowest score of 1.4 out of 10.

USA today

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quinta-feira, setembro 27, 2007

Abriu ao público...


Abriu ao público e convém espreitar de vez em quando - ajuda no inglês

Dipnote > US Department of state Official Blog

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Quem diria...

Também tu, Tomás?
Só hoje vi em vídeo, via Público, o abandono de Pedro Santana Lopes de uma entrevista na SIC-Notícias, após ser interrompido para a estação televisiva cobrir em directo a chegada de Mourinho ao aeroporto. É uma atitude a louvar, naturalmente. E merece consenso: o Público tem um inquérito em que, neste momento, já se pronunciaram 516 pessoas. Resultados: 91% a favor da atitude de Pedro Santana Lopes. Penso que esta atitude, a primeira de um político, vai alterar qualquer coisa no futuro: ou as televisões mostram mais respeito pelos seus entrevistados, sejam políticos ou comentadores, ou arriscam a se tornar comum o abandono dos estúdios a meio das entrevistas, mesmo sabendo que quem não aparece na televisão não existe. Mas há mínimos de dignidade.
Blog Conquilhas...

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Ingrid Calame


Ingrid Calame, "From #210 Drawing (Tracings up to the L.A. River)". 2007

Link da imagem

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No Injustice can last for ever




The Independent

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U Kéke esperavam?

Nos últimos dias o substrato dos escoamentos mediáticos concentrou-se na tarefa sádica de tornar evidente o lado politicamente obsceno do partido mais português de Portugal. Os ingredientes da narrativa mediana foram lançados para a panela como se um cozinheiro enlouquecido empreendesse, perverso, uma sopa nova e substanciosa em petulância e vulgaridade. Os protagonistas foram no engodo e permitiram que a linha média baixa fosse desenhada. Olhando para trás, relembrando um discurso caricato, e confrontando-o com os acontecimentos mais recentes do PSD, estou quase a acreditar que afinal alguém terá mesmo andado a dar pontapés metafóricos no então recém-nascido.



Chapelada para Santana Lopes. É que a coisa não se mede pelo montante das rescisões contratuais. Mede-se, presumo, pela popularidade. E neste plano PSL não merecia, já que é considerado da casa (SIC), por assim dizer, considerando também que é uma figura importante no partido mais português de Portugal. Tal como não merecia este afirmação canhestra, nas bordas do insolente, apesar de ser verdade: “Assim, volta a deixar uma coisa a meio”, a justificar o critério editorial e o rompimento do alinhamento. Ruim, muito ruim. Mau e grosseiro. Mourinho, pelos seus milhões, não devia ser o Alfa e o Ómega das notícias - ou “não-notícias”, para usar um termo de Pacheco Pereira. Enganou-se redondamente quem pensou que Pedro Santana Lopes é, antes de tudo, um homem do Futebol. PSL é , isso, sim, um Político... do Futebol, com nuances clubísticas e cambiantes políticas. Retirou-se e fez muito bem. Este gesto já valeu o dinheiro que dei pelo seu froxo meio livro de reflexões.

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quarta-feira, setembro 26, 2007

Endrominar o pagode…



O mais grave é que quem aldraba os cadernos eleitorais do próprio partido, o mais português de Portugal, pode sentir-se tentado a fazer o mesmo no plano das eleições nacionais e locais, caso esteja no Poder e lhe surja a oportunidade.

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Reformismo de boca ? É isso ?



Uma vez mais Carrilho. Não para irritar os meus amigos. Mas antes expressar neste blog, quase invisível, a razão que Manuel Maria Carrilho tem em teoria. Este novo encontro com Carrilho foi via Portugal dos Pequeninos, um blog produtivíssimo, que rebenta com o sitemeter. No entanto, sendo as propostas (sugestões?) exequíveis, a verdade é que necessitariam de inteligências… E essa insuficiência é fatal.
É essa opção que hoje exige, para que se tenha sucesso, que a determinação não se transforme numa mera variante de estilo, antes seja cada vez mais inspirada por um novo impulso no sentido da ruptura que se prometeu em 2005: mudar-se de facto de modelo de desenvolvimento, transformando Portugal, de um arrastado país de problemas, num país de projectos com futuro.
(…)
É por isso este o eixo que deveria inspirar e conduzir o essencial da acção governativa nos próximos tempos. Uma política de qualificação do território que garanta a sustentabilidade do desenvolvimento e a renovação e o equilíbrio das cidades. Uma política de qualificação das instituições que seja capaz de reinventar o serviço público e de redefinir o papel do Estado, a pensar nos cidadãos. E uma ambiciosa política de qualificação das pessoas que consiga articular as opções a fazer na educação, na formação, na comunicação, na ciência e na cultura. Em termos europeus, é disto que se trata quando se fala de qualificação do capital humano.
Manuel Maria Carrilho, in DN/Sapo
Manuel Maria Carrilho > DN > Encruzilhadas do Reformismo

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Daqui não deve sair…

Se for preciso fazer lançar um referendo para manter o Instituto Português de Oncologia em Lisboa, contem comigo. “No entanto, o ministério da Saúde já esclareceu que não existe ainda qualquer decisão sobre a futura localização do IPO“, que é como quem diz, “vamos lá a ver se negociamos…”
A Câmara de Lisboa discute esta quarta-feira em reunião pública do executivo municipal uma proposta do presidente, António Costa (PS), para a cedência de um terreno para as novas instalações do Instituto Português de Oncologia (IPO).
(…)
O terreno, que deverá situar-se em Marvila, na zona do Parque da Belavista, terá uma área de 12,5 hectares, com uma área de construção de 29 mil metros quadrados, dividida em quatro edifícios.
DN Sapo > IPO em Lisboa

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Os preços em Fátima...



Que raio… É intencional ? Outra vez a Somague ? Primeiro com Arnaut e o PSD. Agora em Fátima ? Já nem o território sagrado escapa às inflacções?
Ao longo de quase três anos que demorou a edificar, a igreja foi a maior obra de construção civil que se realizou no País, segundo os responsáveis da empresa construtora a Somague Engenharia,SA.
Vai custar o dobro do que chegou a ser previsto. "Deve ir aos 70 ou 80 milhões", segundo o reitor, numas contas ainda por fechar. "Espero um dia publicá-las", afirmou na conferência de imprensa que se seguiu à visita. "Tudo pago com dinheiro que os peregrinos ofereceram a Nossa Senhora", enfatiza Monsenhor Luciano Guerra, afirmando-se convencido de que "uns 80% dos peregrinos concordam com a obra".
Monsenhor Luciano Guerra em entrevista ao DN
DN Sapo > O Santuário custou o dobro
Portal de Fátima

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Os esquemas que correm com a seiva



São raríssimas as coisas que se desenrolam transparentes, escorreitas, limpas. Está-nos no sangue usar da mentira, dos esquemas, das vigarices, empregar espantosas teatralidades, como diria Pitigrilli, molhando, secando, esfregando, amarrotando as notas falsas para parecerem verdadeiras. Enfim… especializações de manha saloia que se entranharam no modo de ser e de estar profissionalmente na política. O PSD perdeu a oportunidade que Guterres lhe entregou de bandeja. Desbaratou um momento político que poderia ter sido um tempo de mudança, antecipando-se ao Partido Socialista. As guerras, porém, são um estado d’alma do partido social-democrata. Habituámo-nos a assistir a violentos conflitos e certamente que este será ultrapassado, tal como outros se esbateram.

É que no PPD/PSD quando toca a corneta, que avisa da proximidade de Poder, todos se calam, todos se unem, todos encarreiram. E desta vez não vai ser diferente. É… é a seiva que corre poluída pelos esquemas no partido mais português de Portugal. Aleluia!

Blog das directas no PSD

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E os novos públicos ?


No fundo, no fundo o que interessa é analisar as tendências dos novos públicos, sejam eles jovens ou idosos, bem como compreender os bens culturais que se apresentam nos “mundos da cultura“. Mas também é importante saber o que se passa hoje aqui, de maneira a percebermos se as políticas estão a ser bem executadas ou se os dinheiros públicos não estão a esvair-se, uma vez mais, para alimentar os que sempre estiveram à boca da manjedoura ou para repetir políticas que garantidamente não conseguem resultados significativos, não só na captação de novos públicos, como no que respeita a receitas, em particular quando se trata de entidades públicas empresariais. Recomenda-se, pois, a leitura do post de Ricardo Santos, no blog Indústrias Culturais, sobre uma leitura do livro “Da Democratização à democracia cultural. Uma Reflexão sobre políticas culturais e espaço público”, de João Teixeira Lopes.
(...) Uma segunda grande tendência é a da rarefacção das saídas culturais. Com a provável excepção do cinema, há poucas saídas de cultura cultivada (teatro, concertos de música erudita, exposições). Verifica-se também um baixo nível de práticas criativas (como escrever, pintar, etc.).
Blog Indústrias Culturais

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Nothing to hide…



João Tunes, do blog Água Lisa, teve a gentileza de produzir um comentário e deu-me uma pista sobre o cartaz de campanha do novo partido polaco designado de Women's Party. Seguindo a tradução e a pista, lá encontrei um site em inglês, em que desde Manuela Gretkowska, presidente do partido, até às outras candidatas, lá estão, todas nuas, enquadradas pelo slogan The Party of Women. Poland is a Woman. O cartaz inclui também o slogan enfatizadorda udez das candidatas: Everything for the future... and nothing to hide.
We are beautiful, nude, proud. We are true and sincere, body and soul. This is not pornography, there is nothing to see in terms of sex, our faces are intelligent, concerned, proud. We do not have our mouths open nor our eyes closed," diz a presidente Gretkowska.
Não sei se este género de comunicação eleitoral despida conseguiria resultados positivos em Portugal. Só de imaginar algumas candidatas (ou candidatos) em pêlo… Enfim, ficam as notas, num tempo em que o PPD/PSD está ficar com o carácter dominante à mostra.

Blog Água Lisa

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terça-feira, setembro 25, 2007

Partia Kobiet via Água Lisa


Não tenho à mão o dicionário de polaco/inglês ou polaco/português, e o google ou o yahoo translate não consideram por enquanto o polaco. Mas, mesmo assim, reproduzo, com a devida confiança, o cartaz que retirei do site do “Partia Kobiet”, depois de o ter visto no Água Lisa 6, considerando que seria útil aos fazedores de cartazes políticos aqui, concebidos por bimbos armados ao criativo e ao disainhe (design), uma imagenzinha, esta sim, criativamente arrojada e obviamente actual, com toda a modernidade óbvia que dela se consegue extrair. Do escrito neste cartaz de campanha não me atrevo a adiantar uma palavra, mas acredito que esteja bem dito, vindo de quem vem: mulheres em campanha !

Web Site do Partia Kobiet
Blog Água Lisa 6

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Rogar a praga ?…

Lê-se no Diário de Notícias, não na página de Astrologia, mas na de Opinião, uma tentativa mais ou menos bem conseguida de adivinhar o futuro - ou será tornar público um desejo, que é quase como um rogar de praga ? O artigo é de Manuel Maria Carrilho. Pessoa, aliás, com quem simpatizo, sublinhe-se, para irritação de alguns amigos mais esclarecidos. Provavelmente esta simpatia residual mantém-se por nunca ter conseguido uma oportunidade para conversar com ele, Carrilho - já que dizem à boca calada que é um tipo intragável. Convenhamos, contudo, que ninguém teve o atrevimento de sentenciar sobre a sua cultura e inteligência. Aprende-se com ele, goste-se ou não se goste da personalidade. O artigo tem o interessante título, “A Implosão partidária”, e refere-se sobretudo ao estado actual do Partido Socialista, texto complementado por umas sugestões abrangentes e óbvias destinadas a fazer luz nos neurónios do bicho PS, para este se corrigir, tomar rumo e ter futuro, tal a presunção. Carrilho, estou em crer, ainda não interiorizou o que é isto, hoje, do ACNUR interno (vulgo Guterrismo silencioso, com um braço activo que é o meu amigo José Lamego), o que é liberalismo no formato Jorge Coelho, a amplitude da ideia de terrorismo pronunciada por António Vitorino, ou o alcance do senhor doutor Silva Pereira, tão ambiental quanto estruturante, acrescidos duma rede organizada a partir da “dissidência” e com os dissidentes, ou a malha de túneis escavados no subsolo da organização e de nome Tó Zé Seguro, para não referir outros que não deixarão que uma grama de explosivo seja despoletada numa parede mestra do palácio do Largo do Rato.
Na Grande Loja do Queijo Limiano, num post assinado por José, inscrevem-se, por sua vez, os nomes daqueles dirigentes que eventualmente irão “implodir” numa primeira cadeia de explosões, começando por José Sócrates e acabando no meu amigo Fausto Correia. Valha-nos, porém, o Dr. Maria Carrilho não ser de confiança nem consequente nas suas adivinhações ou premonições. Mas que vai haver vários confrontos fortes entre diferentes articulações de pensamentos, lá isso vai. Sobretudo quanto à interpretação e aplicação de um mosaico de compromissos ideológicos incontornáveis à Esquerda (alguns, creio, completamente inadequados à sobrevivência nos tempos de hoje) tal como se confrontarão os oportunistas desta brecha conjuntural de centro-esquerda - ou será centro-direita ? - que permite argumentar com a “democracia liberal”, gente de “conveniência “ e de “ocasião “ colada a pequenas e grandes posições da pública, usando do poder do despacho, da minhoca situacionista e do medo de uns milhares de serventuários e marçanos.


Porque a implosão está perto: ela apenas depende do agravamento de dois factores: por um lado, da ilusão que os independentes podem representar de um modo mais genuíno a sociedade civil na vida democrática. E, por outro lado, do bloqueador vazio que se vive no interior dos partidos, que se tornaram cada vez mais em organizações de eleitos sobretudo preocupados com a eleição seguinte.
Excerto de artigo de Manuel Maria Carrilho, no DN, com o título A implosão partidária
A Implosão partidária > Diário de Notícias > Sapo
Grande Loja do Queijo Limiano

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segunda-feira, setembro 24, 2007

Do mal o menos ?…


Portugal é um país muito pequeno e com demasiado Estado para ter uma sociedade civil com efectiva independência e isso é mortífero para qualquer partido da oposição que não queira ser apenas uma variante pobre de "bloco central". É este o problema estrutural número um da oposição. A não ser em períodos em que se torna evidente que vai haver uma mudança política a curto prazo, como quando Barroso fez uma convenção no Coliseu com tudo que era colunável na política e na economia na primeira fila, os "notáveis" primam pela prudência e pela cautelosa reserva da política. Não é por acharem que Marques Mendes seja um "mau líder", é porque só tem a perder alguma coisa pelo envolvimento político contra o Governo, fora do tempo. Não é só Marques Mendes que prova o fel desta atitude, mesmo Marcelo Rebelo de Sousa, que frequenta os mesmo salões do poder, quando quis contestar alguns negócios e interesses também provou a solidão e os ataques ao seu "prestígio".



Mendes tem ajudado o PSD a libertar-se da crise de credibilidade que vinha do desastre do "menino guerreiro", e duvido que alguém estivesse com vontade e na posição de o ter feito.
Pacheco Pereira in jornal Público e blog Abrupto
Blog Abrupto

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Painter and model


Lucian Freud. Pintor e modelo

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domingo, setembro 23, 2007

O novo mundo do futebol ?



Sem qualquer preconceito, não presto atenção às coisas que se sucedem no universo da bola. Leio, às vezes, as primeiras páginas dos jornais da especialidade nas bancas e raramente assisto às notícias desportivas que fecham os telejornais. É, se quisermos, um defeito que se instalou na minha mente na adolescência, apesar de me terem feito sócio do Benfica com uns cinco anos. Mas desta vez, ouvindo involuntariamente as declarações de Mourinho, pareceu-me que há ali uma estratégia de imagem bem sustentada, um talentoso actor, com posição garantida no teatro nacional, um tipo que joga qualquer coisa excepcional a merecer a nossa atenção. Um tipo que faz parte de um naipe de portugueses invulgares, tal o caso, por exemplo, de Figo. Nota-se que é um apaixonado pelo futebol. E nota-se também que dá tudo por dinheiro. Um homem de sorte e um bom profissional.

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Ingenuidades ou exageros da situação ?…



Apesar da reprodução do artigo publicado no Público vir com a data truncada no blog Aba da Causa - não é Novembro, é de Setembro - o que seria um mau indicio, vale, porém, o tempo que se gasta a ler a “opinião” de Vital Moreira, um balanço sucinto do primeiro mandato do Governo, obviamente discutível, seguido de algumas sugestões óbvias para o final da representação eleitoral. O exagero no lustro não é o mais adequado, já que pode representar um descomedimento de ingenuidade pouco recomendável nesta fase da situação.
Numa economia de mercado e numa democracia liberal, um governo de esquerda não tem de se inquietar com o aumento dos ricos (desde que não os dispense iniquamente das devidas contribuições fiscais). Mas não pode deixar de se inquietar com o aumento da pobreza, mesmo que relativa. O reforço das redes de protecção social e as políticas activas de promoção da igualdade de oportunidades são uma responsabilidade incontornável de uma política progressista.
Vital Moreira, in Aba da Causa
Blog Aba da Causa

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sexta-feira, setembro 21, 2007

Fatal como o destino


Rewind the movie

Aqui desassossegava-me a perspectiva de crise grave para todos, mas não tinha as certezas dos especialistas das desgraças. Hoje, lendo este post, vejo grande parte das apreensões justificadas. Coitados de nós, formiguinhas. Andamos vai para uns cinco ou seis anos a tentar resolver a estupidez da compra gananciosa do dinheiro barato, para armar ao topo de gama e ao pingarelho, e agora a estupidez das ganâncias vai-nos sair cara.
É a estupidez, estúpido!

Blog Conquilhas
A crise é grave?

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