No novo romance de Maria Velho da Costa há uma definição na qual me reconheço: incompetente é aquele que é incapaz de competir. Mas também podia ser assim: é aquele que a competição tornou incapaz. Pedro Mexia, no Estado Civil
It is better to be silent, and be thought a fool, than to speak and remove all doubt. Silvan Engel
Sempre ouvi os amigos poderosos dizerem que “o Porto de Lisboa é um País dentro do País“. Trengo, vou entendendo por pedaços o alcance da afirmativa. E, lento, também vou confirmando a extensão do tráfico de influências nesta malha das grandes negociatas.
Exagerámos, uma vez mais, nas nossas expectativas em relação à oportunidade de qualificar a zona ribeirinha. Mas a ter em conta esta primeira iniciativa, que até contempla túneis e tudo o que, desde sempre, vem na ementa - bastará escolher -, podemos deduzir o que se está a aprontar na penumbra dos gabinetes, por entre gargalhadas sarcásticas. E mais apreensivos devemos ficar depois de Miguel Júdice nos ter asseverado (enfim, acreditemos) que com ele na Frente Tejo “não haveria nada para comprar, nada para vender, nada para especular…”. Ao que parece, lá se foi a vista do rio numa longa faixa ribeirinha com interesse para o negócio político. Tal com anota o Luís da Barbearia, "...sei lá, aproveitar o espaço livre do Parque Eduardo VII para construir uma central térmica e outra nuclear. Privávamo-nos dos passarinhos mas ganhávamos um fartote de energia."
No fundo, para quê insistir na ingenuidade. Já devíamos saber o que é que a casa gasta. Eu, por mim, creia que me é indiferente olhar para contentores empilhados ou para os barquinhos à vela no rio. Habituei-me a não ser exigente. E como já me resignei a ser trapaceado, certamente que me agradará estar imobilizado nos engarrafamentos provocados pelas centenas de camiões com contentores que tem de entrar e sair da cidade com a carga que não pode estar mais de dois dias no terminal. Porém, cidadão suavizado como eu, parece-me um gesto sem qualquer efeito prático assinar a petição que corre por aí, apesar de ser uma iniciativa meritória.
Experience is not what happens to you. It is what you do with what happens to you Aldous Huxley
Sem qualquer constrangimento, sou pelos grandes empreendimentos. Quanto mais espectaculares e dispendiosos, melhor para todos nós e sobretudo para uns quantos. Remeto-me para o princípio da irresponsabilidade que prevalece sempre quando se trata de distribuir a boa e a má moeda pelos cestos que depressa ficam vazios, por não terem fundo. Depois se verá… Mais milhão, menos milhão, que importa quando já se perdeu o sentido da proporção vai para uns vinte e tal anos.
Quando venho aqui a este lugar (bem frequentado), espreito uns quantos blogs, - e ele há bloggers geniais - tentando não picar e fugir - raramente fazendo o número de uma visita zero segundos, apenas para deixar um rasto no contador. Venho aqui para me divertir e sair com os miolos mais aditados. O que coloco neste bloco de notas é pelo gozo pessoal, já que esta geringonça na web é sobretudo um objecto lúdico. Se fosse para levar a sério, a conversa seria outra, e teria certamente por objecto chatear as criaturas que não sabem rir de si próprios e às quais o povo dá ouvidos. Vir aqui de quando em quando, postar umas coisas conforme me dá na telha, na minha opinião não merece os prémios que me atribuíram: o Prémio dos Dardos, recebido das mãos de João Tunes, do Água Lisa, um blog que dá sempre prazer ler, e o Prémio dos Alvos, dispensado pelo Luís, o autor da Barbearia mais prestigiada deste submundo da web. Já cá cantam. Por isso fico-vos reconhecido. Aqui ficam uns quantos blogs - de 1% e de 99 - que deixo à apreciação do respeitável júri. Visitem-nos e depois digam qualquer coisa.
Como devem calcular, preferia uma imagem mais significativa, mas neste submundo também há melindres.
Neste ambiente em que se desenvolvem as pré-campanhas partidárias é útil chamar a atenção que vem aí o Salão Erótico de Lisboa. É, pois, uma ocasião para as indomáveis Juventudes partidárias aprontarem um brindes temáticos e também tempo de comprar uns óculos escuros, uma barba postiça e um cachecol, para não ter maus encontros. Dizem os organizadores que “Os actores ficarão sem blusa e as actrizes colocarão os peitinhos de fora”, e “se o visitante preferir, pode tirar uma fotografia num privado. Neste espaço, o actor ou actriz ficarão deitados na cama com o visitante... mas nus.” Ora bem… deixe-se de falsos puritanismos e dê um salto à Feira Internacional de Lisboa (FIL), entre os dias 31 de Outubro e 2 de Novembro, e tente perceber o que é isto da indústria erótica europeia, sem acanhamentos. JN/Sapo Diário IOL Notícias Sapo/Videos
O que me preocupa muito é os nossos agentes políticos, todos eles, a dizerem que é preciso não assustar as criancinhas. As criancinhas somos nós. Não se lhes pode dizer a verdade, não se lhes pode meter medo. E nós estamos preocupados. Uma sondagem que eu vi esta semana demonstrava a falta de confiança no sistema bancário. Agora o Presidente da República recebeu finalmente o presidente da Associação Portuguesa de Bancos. Mas eu não vejo, como noutros países, o Presidente da República, o primeiro-ministro, os líderes da oposição a reunirem especialistas, pessoas que sabem muito mais do que eles sobre essas matérias (...) A verdade, às vezes, é uma provocação, é uma forma de ofender. Ora bem. Eu não quero que os políticos digam a verdade toda. Eu quero é que eles sejam adequados, que percebam que há alturas em que a forma de ter o entusiasmo e o apoio das populações não é dizer que não problemas. É dizer que há problemas e eu ajudo-os a resolver convosco. Veja o caso do Churchill. José Miguel Júdice, entrevista no Correio da Manhã, 12 Outubro 2008
É sobre a crise, a que o “subprime” provocou. O video dura cerca de 10 minutos e a parte final esclarecedora. Não é tempo perdido. E tem imensa piada. As legendas em castelhano facilitam a tradução. Rir, creiam, é o melhor remédio, agora que todos andam a meter trancas nas portas, depois das casas roubadas.
Já tenho a explicação: a esquerda não pensa, não age, não arrisca um passo. Passou-se o que se passou depois, até hoje, e a esquerda, cobardemente, continua a não pensar, a não agir, a não arriscar um passo. Por isso não se estranhe a insolente pergunta do título: “Onde está a esquerda?” Não dou alvíssaras, já paguei demasiado caras as minhas ilusões. José Saramago, em O Caderno de Saramago
Não sei se será caso para dizer “Viva a República”, mas a verdade é que em 5 de Outubro de 2008 está a ser noticiada a caução da presidente do PSD quanto à pretensão de Santana Lopes ser o cabeça de lista nas próximas eleições para a Câmara Municipal de Lisboa. A Notícia é do DN, no Sapo online. Estou com curiosidade sobre o que Pacheco Pereira dirá no próximo programa da Quadratura do Círculo, ainda com a boca cheia do sapo Santana Lopes.
Se verificarmos, a situação de aperto em que nos encontramos, vai para largos anos, resultou duma conjuntura em que o povo - e o povo tem sempre razão, não é? - deu a Cavaco Silva duas maiorias absolutas. O tempo de progresso, grande crescimento, de prosperidade - sobretudo expresso em cimento, tijolo, aço, auto-estradas, gente jovem "expedita", novos ricos e, obviamente, muita corrupção - atirou-nos para o momento Guterres que não equilibrou a coisa. Agora é o mesmo Cavaco Silva que nos diz o seguinte, atentem bem:
Nestas rotinas diárias, autoterapias fundamentais, fui conduzido pelo Tomás Vasques para um texto de sua autoria, com o título Casas da Câmara, no blogue Sete vidas como os Gatos. Pensei que iria deparar com uma nota assim ao género dos clichés “isto faz parte do sistema”, “a coisa é um lubrificante da democracia”, “ para falarmos do assunto temos de ir ao tempo da outra senhora”, “a culpa é da falta de critérios”, “todos foram arbitrários”, enfim… Apesar da nota não se referir às casas que andam na berra, não deixa por isso de ser um texto excelente e que também aborda, com subtileza, o negócio essencial, esse também outro "lubrificante" da democracia - as deficiências de construção. Reproduzo na íntegra o brevíssimo “conto”, com as devias desculpas ao Tomás e a Rui Vasco Neto pelo abuso. É um texto que dignifica este “submundo blogosférico” - para usar uma expressão depreciativa de António Costa, ontem, no programa “Quadratura do Círculo”.
Casas da Câmara A propósito da recente polémica à volta das «casas da Câmara», lembrei-me de uma conversa, há meia dúzia de anos, num percurso de táxi. Cheguei ao aeroporto de Lisboa num dia de Novembro, ao fim da manhã. Um sol outonal enchia a cidade de luz em dia de S. Martinho. Apressado, apanhei um táxi para a Rua de S. Bento. Mal iniciámos a marcha, disse ao taxista, à laia de meter conversa: - que dia bonito! Respondeu-me, prontamente, com ar de censura, como a querer contrariar-me, olhando pelo retrovisor: – Para quem trabalha os dias são todos iguais. Depois de uns segundos de silêncio, retorqui: - Não seja tão amargo com a vida. Mesmo para quem trabalha há dias bonitos. Meu amigo – disse-me, num tom de voz menos agreste, olhando-me sempre através do retrovisor – Vou fazer um desabafo: eu estou amargo, é verdade. E sabe porquê? Destruíram-me a minha vivenda. Você sabe o que é isso? Destruírem a casinha onde eu vivi durante trinta anos? Não sabe. De certeza que não sabe, por isso diz que o dia está bonito. Mas, eu explico se não o incomodo: - Nasci em Trás-os-Montes, na aldeia do Pessegueiro, concelho de Bragança. O senhor não sabe o que é nascer por trás do sol-posto, entre montes, pedras, galinhas e cabras. Desculpe, vamos pela Gago Coutinho ou pela Segunda Circular? Como eu quiser? O senhor é quem paga, o senhor é quem manda. Vim para Lisboa com dezoito anos acabados de fazer, completamente ao deus dará, sem eira, nem beira. A minha mãezinha, que Deus tem, deu-me o dinheiro à conta para a passagem de comboio. Não tinha nem mais um tostão. Coitada. Uma vida inteira a labutar de sol a sol. Para quê? Só para ter comida para a boca. Mais nada. Cheguei aqui em Julho de 1966, lembro-me como se fosse hoje. Estava um calor de rachar e não conhecia ninguém. Fiquei embasbacado com tudo isto. Calcorreei a cidade durante dois dias e dormi duas noites nos bancos da Avenida da Liberdade. Mas os tempos eram outros, melhores tempos, digo-lhe eu. Não me julgue mal. Eu não gostava do fascismo, ninguém gostava do fascismo. Isto assim, em democracia, é muito melhor: podemos correr com eles quando nos dá na gana. Correr com os que estão no poder, compreende? Eu voto sempre nos que lá não estão para ver se isto melhora. E pode-se falar à vontade. Dizer mal deste e daquele. É outra coisa. Mas ia eu a dizer: dois dias depois de ter chegado a Lisboa já estava a trabalhar como trolha. E era jeitoso no trabalho. Cumpridor, como ninguém. Cheguei a servente de pedreiro antes de ir para a tropa. Fiz pela vida, compreende? Mas não queria passar a vida inteira a carregar com baldes de cimento e de areia. Com o dinheirinho que trouxe do ultramar comprei um táxi. Como vê sou taxista, um profissional competente, com carro próprio e os impostos em dia. O carro já está a ficar velho, mas não devo um tostão a ninguém. Não sou como essa gente que anda por aí a comer em bons restaurantes, com bons carros, mas estão cheios de dívidas aos bancos. Estive na guerra do Ultramar. Em Angola. Está a ver aqui no meu braço: LUANDA, 1971, está a ver? E vê aqui, por baixo do coração: AMOR DE MÃE. Gostava muito da minha mãe, coitada, que a sua alma esteja em descanso. Morreu no Pessegueiro, por detrás daqueles montes todos, sem nunca ter vindo a Lisboa. Só foi a Bragança duas ou três vezes na vida. A minha mãe emprenhou, tinha trinta anos, ali mesmo debaixo de uma árvore. E o raio do moçoilo, mal ela lhe disse que estava grávida, desapareceu que nem um raio. Até hoje. Dizem que foi para França e que por lá se acomodou com outra. A minha mãe não era mulher para lamúrias. Ele – o meu pai – nunca me procurou. Nem sei se ele sabe que eu existo. E o que ela sofreu sozinha sem despejar palavra, sem um queixume. Até morrer, coitada. O senhor não sabe a dor de alma que é uma pessoa estar na guerra, tão longe, e receber a notícia da morte da mãe. Só vi a campa um ano depois. Mas não era isto que eu lhe queria contar. Vamos pelos Estados Unidos da América ou descemos a Almirante Reis? Almirante Reis, Campo Santana, Rua das Pretas, Praça da Alegria? É muito mais longe, mas o senhor é quem paga, o senhor é quem manda. A vida é uma merda, digo-lhe eu, e desculpe-me falar assim. Veja só o senhor o que me aconteceu: vivia eu sossegado com a minha Rosa numa vivenda na Musgueira Norte. Conhece? Ali mesmo por detrás do aeroporto. Era de madeira, mas eu já tenho visto filmes americanos com bonitas casas de madeira onde vive gente rica. Era de madeira, mas tinha muito espaço. E pagava só quinhentos e vinte escudos por mês. Dois euros e meio nesta moeda nova. Vivi ali com a minha Rosa desde que vim de Angola. Quase trinta anos, amigo. São muitos anos. É muita vida. Não temos filhos. Coisas dela, está bom de ver. Às vezes, com voz mansa para eu não me enfurecer, a minha Rosa diz-me que posso ser eu o culpado, mas quem acredita numa coisa dessas? Quem tem de parir é ela, não sou eu. Concorda comigo, não concorda? Namorei com a minha Rosa desde os dezanove anos. Conhecia-a num baile na sociedade recreativa de S. Mamede, ali ao pé do Largo do Rato. Conhece? Aos domingos à tarde lá estava eu com a minha melhor roupinha. Ela era muito jeitosa e muito pretendida. A Rosa tinha boas mamas, e eu sempre gostei de mulheres com boas mamas. Quando regressei do ultramar casei logo com a minha Rosa. Ela esteve aqui à minha espera, como uma santa. Até me dá vergonha dizer isto, mas é verdade: ela é a única mulher da minha vida. E também eu sou o único homem da vida dela. Fui eu que a desflorei depois de casarmos. Não foi como essas poucas-vergonhas que agora acontecem com estes jovens: quando casam já dormiram juntos tantas vezes que estão à beira de se separarem. É por isso que agora há tantos divórcios, sabia? Eu sei porque li há dias num jornal. No meu tempo não era assim. Mas eu queria contar-lhe porque é que estou amargo. Veja lá: os senhores da Câmara, com essas modernices de quererem acabar com as barracas e quererem meter toda a gente em prédios de cimento, começaram a deitar abaixo aquilo tudo. Eu já lhe disse que não vivia num barraca? Aquilo era uma vivenda. Tinha dois pisos. Era toda de madeira, mas tinha dois pisos. Fui eu que construí o piso de cima com madeira que ia comprando aos poucos. Com estas mãos calejadas que aqui vê. E só pagava quinhentos e vinte escudos pelos dois pisos. Agora, meteram-me num andar pequenino e mal construído. Muito mal construído, garanto-lhe eu que percebo da poda. Fui servente de pedreiro antes de ir para a tropa. O táxi veio depois. Protestei, mas os senhores da Câmara disseram-me que para mim e para a minha Rosa chegava. Que haviam outras famílias que precisavam mais do que eu. Quem tem filhos tem direito às casas maiores, disseram-me eles. Isto assim dito até parece que faz sentido, mas não faz sentido nenhum. Gostava de ter filhos, mas a Rosa não lhe deu para isso. Nem sei a quem vou deixar o táxi. O que é que os senhores da Câmara sabem da minha vida para decidirem que aquele andar só com um quarto e uma sala chega para mim e para a minha Rosa? E sabe que mais, amigo? Está tudo mal construído. Está tudo tão mal construído que até as paredes são de “pladur”. Veja bem: agora, depois de me mudar para aquela casita, para acalmar a minha Rosa é um transtorno. Aí há dias, por causa da merda da casa, e peço desculpa outra vez, veio à baila a conversa dos filhos. E ela a querer, outra vez, passar a culpa para cima de mim. Sabe o que é que ela me disse? Que ainda estava a tempo de tirar as teimas indo para a cama com outro homem. Isto é coisa que se diga a um marido? Amigo, falo-lhe com o coração: se fosse na nossa vivenda, aquela que os senhores da Câmara demoliram, a Rosa tinha apanhado um soco nas trombas que até voava. Mas ali tive que me conter. Está a ver? As paredes são de “pladur" e eu tive medo que ela fosse parar à casa do vizinho. Já viu o transtorno que isto me causa? Já viu porque para mim não há dias bonitos? Porque tenho que viver numa casa da Câmara. Tomás Vasques, no blogue Sete Vidas como os Gatos, Quinta-feira, 02 Out, 2008
Ontem, ao ouvir António Costa referir-se à blogosfera com sendo um “submundo”, levei um certo tempo para conseguir associar a personagem à expressão, facto que teve a ver com a ideia que fazia do actual presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Acho que a designação foi descabida, apesar de genuína, representando, na realidade, o que Costa, calejado político profissional, pensa deste meio de comunicação contemporâneo e tão democrático. Fiquei espantado. Mas fiquei esclarecido. Mais ainda, quando revisitei o blogue de apoio à sua candidatura, o Costa do Castelo. Quanto ao Exmo. Sr. Dr. Pacheco Pereira e a sua separação de águas, pareceu-me acertada. Para meu descargo de consciência, declaro-me do lado dos 99%, aí uns quantos 80 a 90 milhões de web log’s que são o lixo da blogosfera, já que, certamente, não estarei incluído nos 300 e tal nacionais - ilação minha - mais informados e mais eruditos.
"Ontem quando cheguei a casa tirei uns quantos profiteroles que ainda tinha no congelador, vai daí, como não tinha nem queijo nem espinafres, fiz um molho branco espesso com farinha, leite e uma noz de manteiga, temperei com sal, pimenta e noz moscada, à parte fiz um refogado com cebola, alho e azeite, juntei uma lata de atum desfeito, umas azeitonas verdes picadas e um molho de coentros picados. Misturei o atum com o molho branco e recheei os profiteroles.
Podem ser servidos como entrada ou acompanhados por uma salada para um jantar leve."
Relatos Verídicos Experiências de Quase-Morte Manuel Domingos,
Patrícia Costa Dias,
Paulo Alexandre
O nosso cérebro, é, na realidade, uma máquina fabulosa que consegue efectuar qualquer coisa como alguns muitos milhões de operações por segundo (…). Mas não tenhamos ilusões, (…) a essência do nosso ser não é apenas algo produzido por umas moléculas, por uns átomos.
Manuel Domingos
Presidente da Sociedade Portuguesa de Neuropsicologia
Le point de départ de ce livre est, en janvier dernier, une conversation de Bernard-Henri Lévy avec Nicolas Sarkozy.
De quoi le progressisme contemporain est-il malade et quels sont les symptômes,
les figures, les causes, de cette maladie ? C'est la seconde question qu’il soulève, plus complexe, et qui le conduit à des développements
sur, pêle-mêle, l’anti-américanisme, les mythes de l'empire, la question de l'Islam, le retour de l'antidreyfusisme,
les illusions de l'anti-libéralisme ou le parfum munichois qui rôde autour de nombre de discussions sur la guerre et sur la paix.