Semanada > H. Jackson Brown, Jr.
Mais desenhos, para variar
Desenho a ecoline, 1987 01. Apontamento. Pequeno formato.
Etiquetas: Artes Pintura
Valores mais altos se alevantam?
Considerando o que é anunciado por aí, o
Luís Tito, não tarda, vai suspender
o blogue da Barbearia, por motivos inadiáveis relacionados com "férias prolongadas" e outros"desafios", presume-se que incompatíveis com a redacção de notas em blogue próprio. É pena. Já és uma instituição nesta coisa blogosférica em Portugal.
Que as férias sejam bem gozadas, os desafios estimulantes e não deixes de espreitar os teus amigos que, mau grado, têm de continuar o esforço de chatear os amigos para não se esquecerem de consolidar o orçamento, conter o défice, disciplinar as contas públicas, monitorizar os off shores do Estado português, vigiar os corruptos, incomodar os aldrabões, descortinar vigarices, e etc, e etc, e etc...
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Já que estás, Luís, com essa coisa da net aberta, antes de te pirares, dá uma vistas de olhos no meu blogue sobre a vida das coisas mais artísticas. Mora em http://www.r-perdigao.blgospot.comAbraços, sorte, muita sorte, e cá te espero no sitemeter.
A Barbearia do Senhor Luís
Etiquetas: Barbearia do Luís
Ainda não se habituaram?
Não se pode esperar verdade, quando a verdade não faz parte do quotidiano. Não se pode esperar espontaneidade, quando muita mentira se embrulha com pouca verdade. Não pode se esperar seguidismo simplório, quando a manipulação é de uma clareza chocante. Não se pode esperar inteligência, quando todos os dias nos tratam como palermas. Paciência...
Convenhamos, porém, que a dois passos das eleições, a
vida da coisa vai ser de “
face humana”, ou lá o que isso quer dizer. Por isso façamos a pose de gente atenta ao espectáculo da autenticidade, avisados, desde já, que a crueldade faz parte do ofício de governar, mas que vai abrandar circunstancialmente, para aliviar o ambiente e as cabeças dos cidadãos/eleitores/contribuintes - salazarentos incluídos - uma população de artificiosos crédulos, felizmente fora de qualquer teatro de guerra cruel.
É sempre aconselhável fazer uma leitura, mesmo que em diagonal, dos escritos e das opiniões do
Professor Doutor em Direito Excelentíssimo Senhor Vital Martins Moreira. Na circunstância, recomenda-se um texto com o título "
O mal-estar nacional", publicado em primeira mão no Público, anotado na íntegra no blog
A aba da causa. Trata-se, tão somente, de uma forte critica aos fazedores de manchetes, as quais, ao que parece, malvados, só revelam os aspectos sórdidos, mórbidos, falsos, espectaculares (“
É evidente que a vulnerabilidade da opinião pública ao enviesamento informativo e opinativo é tanto maior quanto mais atávica for a propensão para o derrotismo social e quanto menor for o nível de educação e de autonomia crítica na sociedade.”) da nossa vida colectiva que, ao contrário deste e tortuoso caminho das pedras sem sentido perceptível, deveria - para inglês ver - ser o sítio onde termina o arco-íris.
O tratamento noticioso é claramente enviesado para seleccionar e sublinhar os lados mais negativos da actualidade. Em princípio, só as más notícias são notícias, mesmo quando não são verdadeiras. É notícia o aumento da criminalidade, não a sua redução; a subida da inflação, não a sua descida; a elevação do desemprego, não o seu decréscimo; a erupção de um surto infeccioso, nunca a sua debelação; uma maior área de floresta ardida pelo Verão, não uma menor extensão; e assim por diante. Há dias, por exemplo, um jornal "popular" anunciava em manchete que os encargos dos empréstimos para compra de casa iam "voltar a aumentar", mas provavelmente nunca houve nem haverá nenhuma manchete a anunciar a descida de tais encargos, quanto tal ocorre. Há uma propensão atávica da generalidade dos media - incluindo os de serviço público - para uma certa dose de populismo noticioso, sublinhando a grosso os aspectos socialmente mais chocantes da realidade social e omitindo ou depreciando em geral as notícias que poderiam atenuar aquela impressão negativa.
Professor Doutor Vital Martins Moreira, in Público e A aba da causa
Reflexões sobre o PCP. Lisboa, Inquérito, 2.ª ed., 1990. A aba da causa Blogspot
Etiquetas: Vidas, Vital Moreira
Mais pintura, para variar
Sem título-001-2004. Técnica mista s/cartão madeira. 30x40 cm. 2004
Etiquetas: Artes Pintura
Psiquiatria…?
Todos os acontecimentos que merecem a primeira página e a abertura de telejornais são compostos (ou decompostos) por parcelas consequentes, colocadas num fio do tempo, seja no plano diário dos alinhamentos editoriais, seja no âmbito relacionado com a formação dp ambiente geral da Comunicação (social), sua engenharia, sua gestão, sua manipulação... E quando uma dessas parcelas falha no conteúdo ou retarda a suceder, inventa-se e acelera-se a notícia. No caso da mal educada do telemóvel, falta soltar o tema do “acompanhamento psicológico” (psiquiátrico?) da miúda. Tal como está por redigir a notícia sobre a tensão psicológica em que se encontra a professora que, não tarda, também se esticará na marquesa. Tão certo, quanto óbvio.
Ficamos, pois, como sempre, por aqui, na expectativa desse óbvio que faz a informação e que dá substância, tantas vezes a temas absolutamente vazios, que exigem do jornalista uma perícia invulgar no jogo da escrita para conseguir chegar o mais próximo possível da veracidade.
Já agora, falando em desarticulações mentais e comércios em expansão, isto do abatimento de 1% do IVA é só para nos amolar ainda mais, não é?
Ora... é por estas e por outras que todos se insurgem com os auto-retratos daquilo que na realidade somos hoje.
Hospital Júlio de Matos
Etiquetas: Educação, Escolas
A não ser…
A não ser que nos queiram transformar numa sociedade de muitas "cortes de aldeia".
In Sobre o tempo que passa
Sobre o tempo que passa blogspot
Etiquetas: Sobre o tempo que passa
Em teoria…
Líder é um dirigente político que pode antecipar o seu tempo e é capaz de pôr em risco a sua liderança por objectivos que não são necessariamente populares, como a guerra contra os nazis ou a moeda única e uma Europa mais forte. Representantes, pelo contrário, conduzem os países por sondagens, não antecipam o seu tempo, governam cada dia como se as eleições fossem para a semana.
Luís Campos e Cunha, in Público
Certamente que ninguém quererá que a crise financeira e bolsista se agrave e nos atire para a estaca zero ou pior. Já temos cá dentro males que cheguem para serem estancados, alguns piores que o
subprime algarvio. Porém, será aconselhável aos tesos que nem um carapau, atolados em empréstimos, mas armar ao pingarelho, dando largas à estupidez da inveja e à bronca exuberância, ter em conta o que vão dizendo os tecnocratas e outros especialistas sérios sobre o tsunami que pode rebentar de um momento para o outro. Creio que o governo, com o seu batalhão de economistas e assessores, tem devidamente referenciados os focos mal-intencionados que podem, por razões especulativas globais, decidir alastrar ou decidir retomar a teoria do buraco, do cesto sem fundo.
Por indicação,
via link, no post “Seguir o Manual -2”, de João Gonçalves, do Portugal dos Pequeninos, consegui deliciar-me, uma vez mais, com as palavras do Professor Doutor
Campos e Cunha, assumidamente académico, distinto membro da Sedes, ex vice-presidente do Banco de Portugal, ex-ministro das Finanças, ilustre professor, que lá vai dizendo coisas que me parecem correctas e, em certo sentido, destemidas, sobretudo aquelas que nos ajudam a compreender o “esforço” que andamos a fazer vai para uns largos anos, o qual, ao que tudo indica, vai continuar sem fim à vista e não serve para coisa alguma. A cenoura chamada Finlândia foi apenas isso, uma cenoura. Burros, broncos e lisos, para não variar. Viciosamente expectantes.
Para facilitar os leitores diagonais, fiz uns sublinhados da entrevista do Professor Doutor ao
Diário Económico, que transcrevo:
Há de facto um conjunto de instituições, nomeadamente as agências de ‘rating’, que têm sido questionadas nesta crise, por causa do seu papel na avaliação de risco de vários produtos do sistema financeiro. A crise está a demonstrar que as portas corta-fogo são ineficazes. Houve uma contaminação muito rápida de todo o sistema financeiro, a partir dos Estados Unidos, porque está mais integrado do que poderíamos pensar. Além disso, estamos numa época de grande mobilidade de capitais e da concentração bancária, o que acentuou o ritmo de propagação.
(...)
A teoria económica analisa bem situações próximas do equilíbrio mas tem dificuldades em perceber rupturas. Ou seja, não consegue avaliar os riscos de quedas bolsistas ou problemas no sistema financeiro.
(...)
O público devia entender que, se houver um problema com determinado banco, o Governo tem capacidade para intervir, e desta forma gerar a segurança necessária à confiança.
(...)
Há sinais preocupantes... Os dados da economia real ainda não mostram nada de significativo, mas os indicadores mais prospectivos começam a dar sinais de abrandamento da actividade económica.
(...)
O distribuir de pequenos rebuçados a uma população descontente leva a que todos os outros se revoltem.Há a sensação de viragem na política do Governo sem se perceber qual o novo rumo.
(...)
Sou membro da SEDES e a nossa tomada de posição foi muito clara: os partidos são o pilar da democracia e a qualidade dos partidos está muito aquém daquilo de que o país precisa. É importante uma renovação dos partidos, com pessoas com mais qualidade.
(...)
A situação das ‘offshores’ permitiu, possivelmente, que certos rácios prudenciais não tivessem sido observados, provavelmente permitiu operações que não deveriam ter acontecido.
Entrevista a Luis Campos e Cunha, in Diário Económico
Infelizmente há muitas variantes para o simples cenário atrás descrito de receitas extraordinárias disfarçadas, o que pode dificultar o escrutínio público. E a oposição, nesta como noutras, ficou a ver passar o comboio, quando se discutia a rede rodoviária. Quando se discutir a rede do TGV, vai ficar a ver passar os carros, imagino.
Luis Campos e Cunha, in artigo no website da Sedes
Diário Económico Sedes Portugal dos Pequeninos blogspot
Etiquetas: Campos e Cunha, Economia
Circo, átomos, religião, urânio e nuclear
O meu amigo
José Mateus Cavaco Silva talvez tenha sido um dos primeiros bloggers a chamar a atenção para o
Caso Tibet, não só publicando várias notas sobre o assunto, mas inserindo um banner na coluna lateral, que ainda hoje mantém com o devido link ao site
Save Tibet (
http://www.savetibet.org/news/), ao qual, neste tempo de repressão, recomendo, modestamente, uma espreitadela.
Quanto aos que afirmam que os
Jogos Olímpicos e a violência no Tibet são duas coisas estanques - raciocínio característico de certa esquerda com estreita formação política no plano da Liberdade - sustentando o argumento na lógica da batata, calha bem, creio, deduzir que as duas coisas estão entrelaçadas e que agora é politicamente o melhor período para recuperar o questão dos “
órfãos da guerra fria” e dos “
ultra-nacionalistas“, não só relançando a
tese da autonomia, como igualmente aferir sobre a
Liberdade que resultou da ocupação brutal por parte dos chineses e que, segundo algumas opiniões orientais e ocidentais, terá dado origem ao que se designa de “
Modern Tibet”.
Click na imagem link para visionar o video Why Are We SilentOfficial Chinese pronouncements have
confirmed the existence in Tibet of the
biggest uranium reserves in the world
Syriana Amazon > The CIA’s Secret War in Tibet The Universe in a Single Atom: The Convergence of Science and Spirituality The Asia Times > Tibet, the 'great game' and the CIA Mystic Bourgeoisie blogspot O Sínico blogspot Claro Wordpress blog Save TibetThis report analyzes nuclear negligence in Tibet by the Chinese government. It is the first comprehensive report to analyze in detail allegations that range from descriptions of nuclear weapons production, deployment of nuclear missiles, deaths from radiation poisoning, and dumping of nuclear waste, to plans for building a nuclear reactor in Lhasa. The report is a product of a year-long research effort during which ICT pursued innumerable leads to verify information.
<- Click na imagem para visionar o link
Etiquetas: Save Tibet
Portugueses, ontem e hoje
Click na imagem para ampliarIlha Terceira. 1980, in Portugueses, de Luiz Carvalho. Ed. Perspectivas & Realidades Blog de Luiz Carvalho
Etiquetas: Artes Fotografia
Cozinheiro Moderno
O Cozinheiro Moderno ou Nova Arte de Cozinha
Por Lucas Rigaud. Reedição pela Colares Editora
Etiquetas: Gastronomia
Aplauso ao défice com um poema
Recomeça...
Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro,
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca saciado,
Vai colhendo
Ilusões sucessivas no pomar
E vendo
Acordado,
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças.
Miguel Torga
Etiquetas: Miguel Torga, Poesia e Artes
Troufa Real… ké feito?
Troufa Real. Igreja São Francisco Xavier. Tinta da china. 1999Porque, antes de mais, Troufa Real prioriza o universal, e, para isso, não há nada melhor do que partir de princípios primordiais essencialmente locais, como o mito do Quinto Império, isto é, o império preconizado pelo nosso grande mestre da Língua Portuguesa que foi o padre António Vieira, um império que se há-de impor pela Cultura, pelo Espírito, que é, afinal, o destino dos portugueses, cujos emigrantes em diáspora sem fim acabem por funcionar como uma espécie de missionários da Cultura do Ocidente, encerrando agora a elipse com o aparecimento de Portugal como terra de imigrantes.
Excerto de texto de Rodrigues Vaz, no catálogo da exposição de desenhos com o título Simbólica, realizada em 2001, na Galeria Hexalfa, Lisboa
Etiquetas: Artes, Troufa Real
O prazer de um post sem nexo
Depois de ler o
Água Lisa, provavelmente o melhor blog político (
http://agualisa6.blogs.sapo.pt/), o
Anarca constipado (
http://kropotkine.blogspot.com/), aquele que mais me faz rir, a
Barbearia do senhor Luís (
http://barbearialnt.blogspot.com/), a quem gosto de dar umas alfinetadas, o
Câmara Corporativa (
http://corporacoes.blogspot.com/), que convém ter em conta, o
Claro (
http://www.claro.motime.com/), a quem vou telefonar para marcar um jantar, o
Contra Capa (
http://riquita1303.blogspot.com/), sobretudo a Cristina, que não conheço pessoalmente, infelizmente, o
Corta Fitas (
http://corta-fitas.blogs.sapo.pt/), um colectivo tutti-frutti engraçadissimo, o
Hoje há conquilhas…(
http://hojehaconquilhas.blogspot.com/), que usa e abusa da fita gomada, o
Da Literatura (
http://daliteratura.blogspot.com/), que se lê com imenso gosto, o
Portugal dos Pequeninos (
http://portugaldospequeninos.blogspot.com/), oazedume que nos diverte, o
Sinico Macau (
http://sinico.blogspot.com/), para ter notícias do oriente, o
Tempo que passa (
http://www.tempoquepassa.blogspot.com/), que não vela a pena qualificar, o
31 da Armada (
http://31daarmada.blogs.sapo.pt/1444477.html/), igualmente uma salada de frutas ora engraçada ora grave, o
Anónimo (
http://oanonimoanonimo.blogs.sapo.pt/), com uma capcidade de síntese invulgar, pulando e espreitando também por outros blogues, dei comigo a pensar que um reputado bloguer (
tomasvasques@gmail.com) tem razão quando usa a expressão do poeta “
trabalhar cansa” - tal como cansa fazer natação, beber umas imperiais e trincar uns tremoços, cansa ler um monte de jornais e revistas todos os dias, fumar um ou dois maços de cigarros de empreitada, estar duas ou três horas na palheta, cansa redigir uns quantos posts e debitar uma mão cheia de desenhos, aturar palermas, atender dezenas de telefonemas, engendrar esquemas para levantar poeira ou ouvir quatro e cinco vezes nos telejornais o Excelentíssimo Senhor Primeiro Ministro num discurso cada vez mais enrolado, enfim… é uma canseira não conseguir evitar este ambiente conjuntural em que estamos mergulhados, que nos sufoca e estafa. E se há uns anos atrás, no tempo das enérgicas Comissões de Trabalhadores, a fixação era o descanso e o aumento do tempo livre - e ninguém se queixou desse objectivo político/sindical - hoje parece haver a paranóia em encontrar coisas que cansam fazer, com se ao andarmos a mil à hora fosse um princípio equilibrado e uma maneira de mostrarmos que estamos com o espírito da situação aqui, esquecendo as catástrofes da natureza, tal como a crise que alastra nas bolsas e o dinheiro que eles compram, cada vez mais caro, para nos venderem, cada vez mais caro.
Pois, caro apreciado bloguer - sim, é contigo,
tomasvasques@gmail.com -, é bom não perder a noção do essencial e do acessório, sendo que o que cansa, por regra, não é saudável. Ou, se quisermos ser mais decisivos, podemos afirmar que o que cansa normalmente é coisa estúpida. Excepto, está claro, quando se corre por prazer - que permitam-me, é o caso deste meu Vida das Coisas.
Hoje há conquilhas
Etiquetas: Canseira, Conquilhas