U Kéke esperavam?
Nos últimos dias o substrato dos escoamentos mediáticos concentrou-se na tarefa sádica de tornar evidente o lado politicamente obsceno do partido mais português de Portugal. Os ingredientes da narrativa mediana foram lançados para a panela como se um cozinheiro enlouquecido empreendesse, perverso, uma sopa nova e substanciosa em petulância e vulgaridade. Os protagonistas foram no engodo e permitiram que a linha média baixa fosse desenhada. Olhando para trás, relembrando um discurso caricato, e confrontando-o com os acontecimentos mais recentes do PSD, estou quase a acreditar que afinal alguém terá mesmo andado a dar pontapés metafóricos no então recém-nascido.Chapelada para Santana Lopes. É que a coisa não se mede pelo montante das rescisões contratuais. Mede-se, presumo, pela popularidade. E neste plano PSL não merecia, já que é considerado da casa (SIC), por assim dizer, considerando também que é uma figura importante no partido mais português de Portugal. Tal como não merecia este afirmação canhestra, nas bordas do insolente, apesar de ser verdade: “Assim, volta a deixar uma coisa a meio”, a justificar o critério editorial e o rompimento do alinhamento. Ruim, muito ruim. Mau e grosseiro. Mourinho, pelos seus milhões, não devia ser o Alfa e o Ómega das notícias - ou “não-notícias”, para usar um termo de Pacheco Pereira. Enganou-se redondamente quem pensou que Pedro Santana Lopes é, antes de tudo, um homem do Futebol. PSL é , isso, sim, um Político... do Futebol, com nuances clubísticas e cambiantes políticas. Retirou-se e fez muito bem. Este gesto já valeu o dinheiro que dei pelo seu froxo meio livro de reflexões.
Etiquetas: PSD, Santana Lopes
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