Nas ondas
A pedido de uma amiga, aqui fica a divulgação do Ciclo de Conferências, a realizar no Padrão dos Descobrimentos.Clique na imagem para ampliar
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O modelo económico das últimas décadas parecia uma evidência, mas era uma ilusão: concebia o crescimento no quadro de um consumo sem limites que, por sua vez, era animado por um crédito inesgotável. Foi este modelo que entrou em colapso. E, com ele, entrou também em colapso uma visão do mundo e a sua base civilizacional. É isto que confere à actual crise um significado inédito, e impõe uma prudente avaliação das suas múltiplas e insuspeitadas consequências.+ Manuel Maria Carrilho > DN no Sapo
(…)
Há, claro, algumas razões para isto. Em primeiro lugar, generalizou-se a ideia de que a queda do Muro de Berlim foi a vitória de uma forma de democracia que encontrava a sua forma final na pura e simples identificação com o mercado. Seguidamente, não se compreendeu que a globalização minava na sua raiz o compromisso social-democrata entre o trabalho e o capital, deixando o trabalho preso às suas raízes nacionais enquanto o capital se tornava cada vez mais livre num tabuleiro cada vez mais mundial. E a terceira razão encontra-se na identificação dos valores da modernidade com os da metamorfose do capitalismo na sua versão financeira - e aqui a "Terceira Via" inspirada por Tony Blair tem especiais responsabilidades. E tudo isto, note-se, sem nenhum pressentimento do brutal impacto que as economias emergentes (China, Índia, Brasil, etc.) viriam a ter no começo do séc. XXI.
Manuel Maria Carrilho > DN no Sapo
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Se este estúpido ambiente de decadência agravar a demência, não há capacidade de análise politológica para as esquizofrenias. Bastam as análises de costumes sobre os anjos decaídos. É que, para o homem comum, onde a tolerância é o ar que se respira, não estamos divididos entre o atavismo inquisitorial da velha reacção congreganista e o delírio dos pretensos semeadores dos amanhãs que cantam.
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Uso o futuro no condicional e não faço o catálogo panglóssico do presente governo. Não não vou por aí, não subscrevo os bonzos do rotativismo e, muito menos, os endireitas e canhotos que querem coligações à direita e à esquerda do que está, para que tudo fique na mesma, desde que eles sejam ministros.
José Adelino Maltez, no blog Sobre o tempo que passa
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Quem é beneficiário destes pagamentos?+ Correio da Manhã > Portugal 'à deriva'. Quem nos acode?
São 700 000 funcionários, cerca de 3 400 000 reformados, perto de 350 000 titulares do RSI, uns 300 000 desempregados e outros centos de milhares de subsidiados diversos, num total superior a 6 milhões de indivíduos.
Isto é: temos estes 60 a 70% de eleitores inscritos, que são militantes atentos e empenhados do ‘Partido do Estado’!
Quem vai ‘tocar-lhes’, num prazo que ainda possa ser útil?
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O quadro é este: competimos mal e exportamos pouco; não temos moeda própria e não podemos corrigir facilmente a situação; a economia cresce devagar, o desemprego sobe, os défices externos são dos mais altos do mundo e o endividamento é insustentável.
Numa palavra: estamos ‘encurralados’.
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Na verdade, é legítimo que um povo opte pela pobreza, desde que compreenda bem o sentido e as consequências do que vota.
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Se forem o mesmo PS, que leva agora onze em catorze anos de Governo, e o mesmo PSD, que soma três, as minhas preocupações atingirão o grau do ‘pavor’.
Pede-se-lhes, por isso, três coisas apenas: primeira, um pequeno programa, claro e curto, e não, como usualmente, uma ‘apólice’ de seguro para enganar os eleitores, que contemple só as medidas indispensáveis para atingir os objectivos económicos enunciados; segundo, a indicação dos nomes previstos para as Finanças, a Economia, a Justiça, a Educação e a Segurança Social, garantes da sua execução, já que os ‘partidos’, em si mesmos, não gozam da confiança da maioria dos portugueses; e, terceiro, que restaurem a ética na política.
Medina Carreira, no Correio da Manhã
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Espero que este relatório estimule a vontade política para lutar contra a corrupção. Mas como sublinha o socialista João Cravinho, que há muitos anos vem fazendo algumas das propostas que as conclusões do CPC agora consagram, o âmbito deste louvável relatório diz apenas respeito à corrupção administrativa, deixando de fora a corrupção política, cujo potencial para envenenar o tal “contrato público” essencial entre governantes e governados é infinitamente superior. E não haverá real vontade política para combater a corrupção enquanto não for criminalizado o “enriquecimento ilícito”.
Ana Gomes, no blog Aba da Causa
As próximas semanas serão de clarificação, e os debates também: mas fica evidente o essencial – um governo de bloco central, no campo das grandes ideias políticas, é absolutamente possível. E disso falava Deus Pinheiro. Sócrates e Ferreira Leite já deixaram claro que nunca governarão juntos. O que permite uma conclusão (se é que conclusões são possíveis): o primeiro-ministro será, dos dois, aquele que mais votos receber. O outro demite-se. E o governo, impulsionado por Cavaco, será PS e PSD.+ Editorial > Bloco central
Jornal i, Martim Avillez Figueiredo, em 28 de Agosto de 2009
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