Keep your friends close, but your enemies closer Mario Puzo, "The Godfather"
Um departamento governamental independente, que tem um website aberto a todos, o Serious Fraud Office, deve ter mais que fazer do que soltar informação apenas para criar um clima político crítico em Portugal, desgastar o PM autóctone e provocar uma situação insustentável para o governo com vários actos eleitorais à porta? Não me parece uma conjectura consistente, embora seja um assunto apetitoso e que os media estão a explorar com zelo e à exaustão, entretendo com muita palha o cidadão comum. Tal como não pode ser aceitável considerar que as investigações aqui tenham o propósito oculto de aniquilar politicamente José Sócrates, em conluio com o Serious Fraud Office, o Grupo Carlyle, o MI5, a CIA ou o FSB - e, claro está, o Fenprof. Logo, essa do “poder oculto”, que serve para enfatizar a dramaturgia, parece-me conversa de gajo de cervejaria - como eu - que ao fim de cinco imperiais vê conspiração em cada copofónico da mesa do lado. A situação é para ter calma e bom-senso, contendo a língua. Para cabala já chegou Ferro Rodrigues, que ainda não se tinha sentado na cadeira, já pediam a sua cabeça. No fundo, se não acreditarmos na Justiça, acreditamos em quê? Na Política profissional?
Creio que o Tomás, do Conquilhas, conseguiu sintetizar a dúvida mais persistente: se Obama mudará a América ou a América é que irá mudar Obama. Inclino-me mais para que o tempo Obama seja mesmo de Mudança. Para ter uma bitola e conseguir avaliar o trabalho, digamos, daqui a uns três anos, não resisti à tentação de comprar o livro de Barack Obama, "A audácia da Esperança", já na 3ª edição, editado em português em Outubro de 2007, que comecei a ler sem pressa. Do pouco que li, deixo um excerto:
Se alguma coisa me marcou, foi apenas quão modestas são as esperanças das pessoas e quão constante parece ser aquilo em que acreditam, independentemente de raças, regiões, religiões e classes sociais. A maior parte considerava que qualquer pessoa disposta a trabalhar deveria poder encontrar um emprego que lhe proporcionasse um salário suficiente para viver. Entendiam que ninguém deveria ver-se obrigado a declarar falência por causa de uma doença. Acreditavam que todas as crianças deveriam ter uma educação de qualidade – que não deveria ser só conversa oca – e poder ir para a universidade, mesmo sem pais ricos. Queriam segurança contra criminosos e terroristas, ar e água limpos, tempo para passar com os filhos. E, para a velhice, queriam ter a possibilidade de se reformarem com respeito e dignidade.
Valha-nos a boa vontade de alguém desinteressado que sugere alternativas amoldadas à instabilidade da crise e aos íntimos anseios povo português, sugerindo um Governo credível de Unidade e Salvação Nacional. Espreitem o Anarca constipado e digam lá se ele não tem uma boa solução.
Nenhum artista suporta o real. Qualquer artista, olhando para trás, tem a sincera opinião de que o verdadeiro valor de uma coisa é uma «sombra» que pode ser fixada nas cores, na forma, no som, no pensamento. Friedrich Nietzsche
Apesar de ter adormecido a escrita, todos os dias, a partir deste modesto Vida das Coisas, visito o blogue Claro , do José Mateus, Consultor de Comunicação e Auditor de Defesa Nacional. Vou registando alguns posts; uns sobre a situação crítica do mundo, outros relacionados com a Comunidade das Informações, temática que me interessa bastante. Deixo dois sublinhados dum post muito interessante sobre Putin e “Família” ao seu serviço.
Um estudo da socióloga Olga Kryshtanovskaya mostra que mais de metade dos membros do poliburo informal de Putin são dos serviços e que o número de membros do KGB nas altas administrações públicas, central e locais, foi multiplicado por 12 desde o fim de ‘Gorby’... Nada que não tivesse sido previsto, há 30 anos, no romance ‘Le Montage’ de Vladimir Volkoff. - Só os ingénuos pensam que Putin caiu do céu... Logo no início de 2001, o governo de Moscovo decidiu reorganizar os serviços de informação e de segurança, levando alguns observadores a prever o regresso do “velho” KGB. José Mateus, in post Vingança de Putin
A referência a Vladimir Putin recordou-me que tinha guardado uma notícia do Telegraph, sobre a veia artística do ex-patrão do KGB. “Now, following in the steps of Winston Churchill and Adolf Hitler, Mr Putin has reinvented himself as an amateur artist.”...“According to the rules of the exhibition, Mr Putin was required to paint an image related to the Night Before Christmas, a story by the Ukrainian born author Nikolai Gogol, the bicentenary of whose birth is celebrated this year. Set in Dikanka, a village in central Ukraine, the story tells of events on a blizzard-swept Christmas Eve thrown into chaos because the Devil has stolen the moon.”
É engraçado como lá no fundo todos temos qualquer coisa de artista. A uns dá-lhes para as Artes, propriamente ditas; a outros para a política, actividade tão inspiradora, ou para cargos de administração, sobretudo na banca, para intermediações em suculentas negociatas, ou para vendilhões do templo, enfim, maneiras de soltarem a "arte" que lhes vai na alma.
Era escusado associar José Sócrates ao tio Monteiro, aos offshores, ao filho do tio (o primo) também Monteiro, aos Neurónios Criativos, ao pai, a Vilar de Maçada, a Frank Carlucci, à casa de campo, ao arquitecto que pariu a coisa, aos fluxos e refluxos da massa… Ao grupo Carlyle... Era escusado. É, pois, precisamente como o professor Rebelo de Sousa diz: “uma maçada ter uma família assim.” - embora não tenha explicitado a que Família se referia. Sócrates, na actual situação desgraçada, não se pode distrair com miudezas que o tempo devia ter levado.
"Ontem quando cheguei a casa tirei uns quantos profiteroles que ainda tinha no congelador, vai daí, como não tinha nem queijo nem espinafres, fiz um molho branco espesso com farinha, leite e uma noz de manteiga, temperei com sal, pimenta e noz moscada, à parte fiz um refogado com cebola, alho e azeite, juntei uma lata de atum desfeito, umas azeitonas verdes picadas e um molho de coentros picados. Misturei o atum com o molho branco e recheei os profiteroles.
Podem ser servidos como entrada ou acompanhados por uma salada para um jantar leve."
Relatos Verídicos Experiências de Quase-Morte Manuel Domingos,
Patrícia Costa Dias,
Paulo Alexandre
O nosso cérebro, é, na realidade, uma máquina fabulosa que consegue efectuar qualquer coisa como alguns muitos milhões de operações por segundo (…). Mas não tenhamos ilusões, (…) a essência do nosso ser não é apenas algo produzido por umas moléculas, por uns átomos.
Manuel Domingos
Presidente da Sociedade Portuguesa de Neuropsicologia
Le point de départ de ce livre est, en janvier dernier, une conversation de Bernard-Henri Lévy avec Nicolas Sarkozy.
De quoi le progressisme contemporain est-il malade et quels sont les symptômes,
les figures, les causes, de cette maladie ? C'est la seconde question qu’il soulève, plus complexe, et qui le conduit à des développements
sur, pêle-mêle, l’anti-américanisme, les mythes de l'empire, la question de l'Islam, le retour de l'antidreyfusisme,
les illusions de l'anti-libéralisme ou le parfum munichois qui rôde autour de nombre de discussions sur la guerre et sur la paix.