Semanada > H. Jackson Brown, Jr.
Mais um duche frio
O professor
Medina Carreira mais uma vez alerta para a nossa desgraçada situação. Ninguém o desmente ou contrapõe com argumentos do mesmo peso. Apenas se limitam a gracejar com o derrotismo. A verdade é que as suas palavras "batem certo", não obstante sejam utilizadas expressões exageradas, certamente para enfatizar o drama da situação. Será útil ler o seu artigo de opinião publicado hoje, dia 30 Agosto 2009, no
Correio da Manhã, mesmo que nos parta o coração e nos desalente ainda mais. Deixo uns sublinhados e o link.
Quem é beneficiário destes pagamentos?
São 700 000 funcionários, cerca de 3 400 000 reformados, perto de 350 000 titulares do RSI, uns 300 000 desempregados e outros centos de milhares de subsidiados diversos, num total superior a 6 milhões de indivíduos.
Isto é: temos estes 60 a 70% de eleitores inscritos, que são militantes atentos e empenhados do ‘Partido do Estado’!
Quem vai ‘tocar-lhes’, num prazo que ainda possa ser útil?
(...)
O quadro é este: competimos mal e exportamos pouco; não temos moeda própria e não podemos corrigir facilmente a situação; a economia cresce devagar, o desemprego sobe, os défices externos são dos mais altos do mundo e o endividamento é insustentável.
Numa palavra: estamos ‘encurralados’.
(...)
Na verdade, é legítimo que um povo opte pela pobreza, desde que compreenda bem o sentido e as consequências do que vota.
(...)
Se forem o mesmo PS, que leva agora onze em catorze anos de Governo, e o mesmo PSD, que soma três, as minhas preocupações atingirão o grau do ‘pavor’.
Pede-se-lhes, por isso, três coisas apenas: primeira, um pequeno programa, claro e curto, e não, como usualmente, uma ‘apólice’ de seguro para enganar os eleitores, que contemple só as medidas indispensáveis para atingir os objectivos económicos enunciados; segundo, a indicação dos nomes previstos para as Finanças, a Economia, a Justiça, a Educação e a Segurança Social, garantes da sua execução, já que os ‘partidos’, em si mesmos, não gozam da confiança da maioria dos portugueses; e, terceiro, que restaurem a ética na política.
Medina Carreira, no Correio da Manhã
+ Correio da Manhã > Portugal 'à deriva'. Quem nos acode?
Etiquetas: Crise, Economia, Medina Carreira
Mexilhões com molho de tomate
1 kg de mexilhão
5 dentes de alho grandes
1 cebola
1 chávena (café) de coentros picados
2 dl de polpa de tomate
1 dl vinho branco
1.5 dl azeite
Num tacho, fazer refogado com os alhos, cebola picada, coentros, azeite e polpa de tomate. Colocar os mexilhões, o vinho branco e o sal, tapar o tacho e deixar ferver até que os mexilhões abram. Deixar apurar o molho.
+ Receitas da Patanisca > Mexilhões com molho de tomate
Etiquetas: Gastronomia
Corrupção
Ana Gomes, no
blog Aba da Causa, reproduz um artigo seu publicado no
Jornal de Leiria em 30 de Julho deste ano. Nele junta vária informação dispersa e organiza um texto interessante sobre a
Corrupção em Portugal, situado em 11º lugar, num ranking de 20 países, a par com a Itália. Destaco um pedaço do escrito, sobre o relatório do
Conselho de Prevenção da Corrupção (CPC), mas remeto para para o texto completo no blog, pulbicado em 3 do Agosto.
Espero que este relatório estimule a vontade política para lutar contra a corrupção. Mas como sublinha o socialista João Cravinho, que há muitos anos vem fazendo algumas das propostas que as conclusões do CPC agora consagram, o âmbito deste louvável relatório diz apenas respeito à corrupção administrativa, deixando de fora a corrupção política, cujo potencial para envenenar o tal “contrato público” essencial entre governantes e governados é infinitamente superior. E não haverá real vontade política para combater a corrupção enquanto não for criminalizado o “enriquecimento ilícito”.
Ana Gomes, no blog Aba da Causa
+ Blog Aba da Causa > Defesa contra a corrupção + Jornal de Leiria + Conselho de Prevenção da Corrupção > Tribunal de Contas
Etiquetas: Ana Gomes, Corrupção
A cereja e o bolo?
Multiplica-se por aí a ideia de que a única forma de governar o País é fazê-lo com um governo de bloco central. Quem o promove, não sei se pretende que o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista angariem mais votos, ou se deseja colocar o CDS em condições de viabilizar um governo que governe, seja com o PS ou com o PSD. Também pode ter em mente aumentar bastante a abstenção. Para dar forma ao cenário, sustenta-se apenas um resultado, um valor tangencial entre o PS e o PSD, o que não dá margem de decisão aos eleitores dos dois partidos, colocando a escolha na mudança de primeiro-ministro, apenas.
Um governo de bloco central será, na realidade, dar razão a Ferreira Leite quando, por graça, sugeriu suspender a Democracia. Porém, com a ideia que já faz eco, o embargo não seria de seis meses, mas durante quatro anos – o que, vendo bem as coisas, até teria o seu lado positivo, forçando os portugueses enquadrados no espaço do bloco central a perceberem o que é isso do voto inútil e de como se consegue mascarar a Democracia com qualquer coisa próxima de uma ditadura suave.
A ideia torna-se ainda mais interessante (ou perversa) quando o jogo assenta nesta conjectura de Martim Avillez, que sublinhei:
As próximas semanas serão de clarificação, e os debates também: mas fica evidente o essencial – um governo de bloco central, no campo das grandes ideias políticas, é absolutamente possível. E disso falava Deus Pinheiro. Sócrates e Ferreira Leite já deixaram claro que nunca governarão juntos. O que permite uma conclusão (se é que conclusões são possíveis): o primeiro-ministro será, dos dois, aquele que mais votos receber. O outro demite-se. E o governo, impulsionado por Cavaco, será PS e PSD.
Jornal i, Martim Avillez Figueiredo, em 28 de Agosto de 2009
+ Editorial > Bloco central
Etiquetas: Bloco Central
Jean-François Spricigo
Prix de Photographie de l'Académie des Beaux-Arts 2008.
Photographie de Jean-François Spricigo, lauréat 2008+ Académie des Beaux-Arts
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