Cooperação estratégica
Estávamos contentes. Não pela nova posição do Dr. Júdice enquanto distribuidor oficial das terras, especulações e concessões ribeirinhas, assim uma espécie de enzima de parcerias, ainda por cima com um escritório que deve representar, no mínimo, metade das gentes com dinheiro e crédito bancário no país, fundos estrangeiros, carteiras de títulos e etc.Estávamos contentes mais pela hipótese de se conseguir finalmente revitalizar a orla ribeirinha - ou Zona Ribeirinha -, expectantes formiguinhas, como é óbvio, quanto a novas propostas urbanísticas, de ordenamento, paisagísticas, arquitectónicas, turísticas, comerciais, desportivas… e até mesmo de engenharias financeiras, uns powerpoints em English, suficientemente sedutores para atrair fundos e investidores estrangeiros, já que os nacionais só compram dinheiro para investir quando o Estado mete a cabeça no cepo ou quando têm fieis representantes em lugares de decisão política distintos obedientes quanto aos espaços em que devem depositar as assinaturas, vulgo minhocas.
Estávamos - e estamos - curiosos por ver como seriam apresentadas as fórmulas para ajuntar o limite de Lisboa ao limite da Oeiras, sendo que nos fabularam planos fascinantes, tais como, por exemplo, a “ilha da Cruz Quebrada” ou a recriação da zona oeste do Jamor, coisas que não estão desligadas da demolição do antigo hotel Estoril-Sol.
Entretanto, como é sabido, o Excelentíssimo Senhor Presidente da República devolveu ao Excelentíssimo Senhor Dr. Silva Pereira o diploma que permitia transferir para a Câmara Municipal de Lisboa a tão apetecível Zona Ribeirinha. Diz-se que, na verdade, foi veto. Mas há quem o rejeite. De resto, o mais indicado, por enquanto, deitar uma vista de olhos na notícia do semanário O Sol, e ficar sentado, e ver qual será o resultado da badalada cooperação estratégica, sendo que Sócrates, pelas suas próprias palavras, declarou que esta devolução à Câmara era a rectificação de um erro estratégico que se arrasta há muitos anos.
Bom… então seria um aeroporto em Alcochete, uma terceira ponte entre Algés e Trafaria, a edificação e ordenamento da zona ribeirinha, três projectos que nos deixariam basbaques. E sócrates bem poderia fazer o número que Cavaco Silva na ainda zona pantanosa da Expo 98, afirmando peremptóriamente, apontado para o o rio, “Aqui vai aparecer a Ponte Vasco da Gama”. E lá está…
Sol > notícia sobre veto de Cavaco Silva
Etiquetas: Câmara de Lisboa, Zona Ribeirinha
1 Comments:
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