Ordo ab Chao...
No Tempo que Passa ( ) fica-se com dia ganho ao ler a nota do Prof. Maltez sobre a vida caótica em que esta Coisa se transformou, um ambiente que faz as delícias de uns quantos e a angústia da outra parte. Adelino Maltez também aponta o falecimento do Prof. Oliveira Marques, um velho Maçon, tão empenhado na Maçonaria, que nos remete para a recordação de outros velhos Mestres (não muitos), amizades, simpatias e solidariedades, referências essenciais que nos acrescentaram e acrescentam o pensamento, para manter alguma Liberdade e acreditar nas qualidades do Ser Humano. Como não sou douto nesta coisa de articular pensamentos em modo escrito, deixo, pois, dois sublinhados da nota:
«Aliás, esta oposição entre as leis não escritas e as leis da cidade foi, de certa maneira, resolvida com o sacrifício do próprio Sócrates, em 399 a.C., ao aceitar a pena de morte injusta que a lei escrita da cidade lhe impôs, declarando: antes sofrer a injustiça, do que praticar a injustiça. Porque a partir dele, a polis passa a começar a existir no próprio interior do homem. Ou, como observa Fellice Battaglia, a polis e a lei que a comanda interiorizam-se e ascendem a um valor de vida insuperável . Isto é, o superior passa também a poder ser determinado a partir do interior de cada um.»
«Anomia vem do francês anomie, proveniente, por sua vez, do grego anomia. O mesmo que desordem, enquanto violação da lei. Termo cunhado por Durkheim para significar ruptura da solidariedade, sendo equivalente ao conceito marxista de alienação. Segundo aquele autor, tal acontece quando se dá uma mudança de normas sociais que priva o indivíduo dos pontos de referência necessários para a determinação dos objectivos da respectiva conduta. A quebra da solidariedade acontece sempre que há uma ruptura entre os desejos dos homens e a possibilidade dos mesmos serem satisfeitos de acordo com as leis existentes, o que leva à não integração do indivíduo na sociedade.»
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