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When you lose, don't lose the lesson

quarta-feira, abril 11, 2007

Não se faz, mas é desculpável


As cavacas alentejanas não vêm para o assunto. Ficam aqui - e ficam muito bem com o post - porque foram oferecidas por uma amiga e, como se calcula, estou a trincar uma. Deliciosa, sublinhe-se. Vamos então ao assunto.
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Tendo em conta, como sempre, as linhas médias marcadas por baixo, não entendo o espanto quanto ao desconchavado certificado de habilitações do nosso primeiro-ministro José Sócrates. Badala-me na cabeça, porém, no meio desta balbúrdia toda, em que todos querem mostrar mais que os outros, mesmo subserviências, o propósito que levou o primeiro-ministro a exaltar o seu perfil tecnocrático, divulgado numa revista, aquele composto de pessoa escorada na inflexibilidade, na exigência, na determinação, nos relógios suíços, quando, ao que parece, o que mais contava era o outro, o da sinopse da vida e da vidinha, também difundido noutra publicação periódica e que esbateu a patetice do primeiro registo lançado para animar os audazes e para intimidar os outros “animais ferozes“. A coisa é bem, bem, bem, próxima daquilo que o Tomás nos apresenta, se for colocada apenas no plano pessoal, dos defeitos e das virtudes do José Sócrates - sendo que se houve intrujice, então é de carácter, hipótese que rejeitamos. Portanto, um “perdoem-me” talvez caísse bem nas estimativas intimas deste povo dividido entre o insolente e o choramingas, mas com o coração na boca, o “ai credo, vizinha, não me diga?…”, em que o rumor é mais poderoso que a notícia.
De facto o Bloguitica tem razão quando nos remete para a nota do Conquilhas, (note-se que o Vasques é um PS assumido), que disserta sobre os enviesados caminhos de Sócrates, um post que é assim como que sou da mesma opinião e da contrária se for necessário, dando uma palmada nas costas e uma alfinetada na nuca, mas calminha se fazem o favor, a coisa está para durar, em lume brando. Acresce ao post de Tomás um outro, do José Mateus, que apresenta uma terceira alternativa a considerar, exequível na putativa remodelação do próprio gabinete (ou de alguns elementos menos profissionais), talvez o mais indicado num embrulho destas proporções, sem gestão perceptível da crise, um espectáculo descontrolado por uma coisa aparentemente acessória. Contudo, será aconselhável, antes de formar apressadamente uma opinião e enfileirar por um beco político sem saída, seguir as pistas do Corta-fitas, que nos disponibiliza links para ficarmos com uma panorâmica do assunto na blogosfera.
No meio desta embrulhado, o facto engraçado é que o Dr. PP afinal, quem diria, sempre tinha um recorte de jornal para mostrar. Quer dizer, não há ninguém das elites ou no mosaico das gentes poderosas que dê uma mãozinha ao primeiro-ministro.
Este silêncio é mesmo muito estranho.

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