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When you lose, don't lose the lesson

quarta-feira, abril 04, 2007

Feijoadas e catedrais



Hoje, não sei por que razão, lembrei-me de um amigo que decidiu, por volta dos anos 86 ou 87, depois do tumulto no Hospital de Faro, ter desistido de dar para este peditório aqui e concorreu a um cargo muito razoável em Bruxelas, estando hoje numa posição respeitável. Recordo-me que festejei um dos meus aniversários num restaurante maravilhoso em Bruxelas, oferecido por ele e outros amigos, acabando a noite com o Acácio Barreiros - então Chefe de Gabinete (ou adjunto?) do João Soares -, na cervejaria Morte Súbita, exercitando a nossa resistência bebendo umas valentes canecas de cerveja com o mesmo nome.
Não vejo esse amigo, homem simples e competente - que prefiro não referir o nome -, vai para algum tempo, sempre agradecido (não sei porquê) por eu lhe ter oferecido o livro “O Mistério das Catedrais“ e um quadro a óleo com uma estranha forma semelhante a uma Catedral. Não encontro um motivo objectivo para justificar o facto de me ter lembrado dele hoje. Tipo impecável, recordo. Não sei se por ele me ter emprestado um manual (em inglês), dizia ele que da CIA, que pertencia a um sujeito com apelido secreto de Penélope, ou porque talvez tenha sido o primeiro amigo que traçou, em muitas das nossas conversas, a linha de rumo deste país periférico e trapaceado como que adivinhando o futuro negro que se está a desenrolar hoje, ou seja, dizia ele, “não podemos querer cozinhar bacalhau com batatas, quando o que temos são feijões, chouriços e outros ingredientes para cozinhar feijoada…”. Boas memórias.

O silêncio dos inocentes
Para estragar a boa memória, não sem um propósito (talvez por razões que o despropósito desconhece, como diria o conquilhas), registei as palavras de Vitor Constâncio defendendo a subida das taxas. Como não é 1 de Abril, levo a coisa como sendo verdade, havendo também a hipótese de ser delírio. É que se for mesmo verdade, o melhor é começarmos a pensar seriamente na alternância… ou fazermos as malas, já que nem o tutano nos vai restar.
É delírio… É, é.

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1 Comments:

At 10:15 da manhã, Anonymous Anónimo said...

E o Tempo das Catedrais, conheces? Se sim, dá-me uma dica. Tenho imensa curiosidade sobre este livro e só por falta de tempo ainda não me atirei a ele. Quanto ao Mistério, são muitas as memórias. Indeléveis, diga-se. Mas não o li na integra. É demasiado hermético.
Gosto muito daquele "Chairs".

 

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