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When you lose, don't lose the lesson

terça-feira, fevereiro 20, 2007

Vou a jogo…

Ó fantástico Tugir ( o Luís, claro, sem desprimor para CMC) naturalmente abananado com as inspirações dos ares manhosos dos resorts brasileiros, nomeadamente da praia de Carneiros, recomendada no seu Diário de férias, desanca-me (é desancar, não é?) de alto a baixo, a propósito de uma enviesada leitura de uma notita que, segundo ele, assinou a sentença de morte do “coisinho“ (que sou eu) ao pespegar neste blog um “cartaz nojento”, para usar os termos dele (o Luís). Mal saberá ele (o Luís), homem batido nas lides partidárias, repleto de cicatrizes políticas nas costas, veterano das coisas internas do PS, que coisas estão inscritas a jusante e a montante desse “cartaz nojento”.



Atente-se na afronta que é esta praia paradisíaca em tempos de grande severidade. Praia dos Carneiros.


As Coisas são elas próprias e os seus contornos, quase sempre espessos ou, se quisermos, mais ao género de Quinta da Regaleira, lá para os “quintos maçónicos” (termo seu, dele, do Luís, também), mais herméticas, por assim dizer. Saberá ele (o Luís) que este, o do “Voto do Povo”, também é do “coisinho”.


Este, com a rosa amarela, que, tal como o outro, o “nojento“, também tem historietas a jusante e a montante, designadamente no seio do ZAP, em Lourdes Pintassilgo ou no que é hoje a Associação 25 de Abril e respectivo Centro de Documentação, se a memória blasfema não me falha.


Saberá ele (o Luís) que a coisa “refundida” com “Sousas, Pinhos, Campos, Silvas e outros que tal”, ainda não foi refundada ou, pelo menos, formalmente reestabelecida - que eu tenha dado por isso. Portanto, venham as memórias, mesmo as mais incómodas, já que não se conseguirá ser plenamente isento sem um pensamento consequente e sustentável, com algum… como dizer… background (?) politicamente experienciado. Até porque, estou em crer, ninguém é tão perverso ao ponto de querer duas badaladas e um balde de cal para gente que ainda está viva, que pensa, que fala e mantém um nível mínimo de discernimento, que na sua maioria merece o nosso afecto e não a “gestão austera dos afectos“. Aliás, acrescento, havendo muitos que, em sentido figurado, já morreram, não o sabem, visto ninguém lhes ter dito. E porque ainda ninguém lhes disse, como ele (o Luís) deve calcular, não havendo a carta com o “obviamente matámo-lo, portanto considere-se morto” - ou isso ou “retiramos-lhe a confiança política, portanto considere-se morto” -, continuarão a remexer. Vai para umas três semanas, por exemplo, assisti, enfiado a um canto, no auditório da Torre do Tombo, à apresentação das Memórias do meu amigo Edmundo Pedro, um velho operário que passou pelo Tarrafal e uma referência, quer queiram quer não, do PS (Partido Socialista). Estas raízes não estão podres, apesar do pântano. É legítmo perguntar se estas memórias também são para esconder no baú, longe da vista dos rapazes do “vale tudo, até comer miolos”?

Bom… já me chega de resposta para continuar neste jogo da blogosfera com ele (o Luís). Apenas acrescento que a nota dele (do Luís) no Tugir, com uma audiência espectacular, comparada com o exíguo tempo de antena que tenho aqui, nestas coisas da vida e vida das coisas, não me parece coisa equilibrado. Equilibrada e justa. Será que fui desancando por ele (o Luís) por ter nascido na aldeia da Avenida de Roma e não ser da freguesia de Alijó ou de Penamacor?
Jogar pelo “seguro“, não é? Percebi-te…
Provavelmente para a semana este blog mudará para… para… deixa cá ver… dedo no ar… vento… é… obviamente cinzentão.
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PS: ocasional leitor, não leve esta "galhofa" muito a sério. Na realidade é uma maneira divertida de desopilar, pensando nestes tempos que vão correndo. A sério, a sério são estas palavras que usurpo para mim, sendo que a euforia no angariar sangue novo a todo o custo criou um nó cego nestas coisas que se fazem com factos e memórias, patrimónios, em suma.

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