Ausência de valores ou falta de escrúpulos?
Admito: ando realmente baralhado com as notícias que salpicam o quotidiano; umas sobre a hipotética “campanha negra”, que se diz para aí ter como alvo o Exmo. Senhor Primeiro-Ministro ou, pior ainda, outras relativas ao grau efectivo de responsabilidade dos gestores da banca e dos financeiros, enfim, para não referir, não direi a falta de valores – o que seria cortesia a mais – mas antes a falta de escrúpulos patente na tomada de muitas decisões, tantas vezes traduzidas por raciocínios espantosos tornados públicos – entre alguns recentes, um em particular, que em 60 segundos foi esclarecedor sobre os desvios mentais do 25 de Abril, o estado actual do regime e do nível de debilidade do sistema, nesta “quinta” em que se tornou banal ter mentalidade de malfeitor.A propósito da nossa condição de eleitores/contribuintes, meros figurantes/espectadores, recomendo a leitura do texto do admirável Vicente Jorge Silva, com o título “Simplesmente figurantes”, publicado nos blogues do semanário Sol. Sublinhei um excerto.
Esta perturbante interrogação pode afinal alargar-se a todo o universo financeiro e constituir a chave para explicar não apenas o insondável mistério da crise internacional, mas também os enredos enigmáticos em que se envolveram alguns bancos portugueses, como o BCP, o BPN ou o BPP.A vertigem da virtualidade financeira transportou o mundo para fora da realidade, para um «alegado filme» onde não existem actores mas apenas figurantes – e figurantes que nem sequer o são verdadeiramente. Daí a dificuldade em encontrar responsáveis que possam responder pelos seus actos, já que nenhum actor os praticou.Sol > blogues > Vicente Jorge Silva
Etiquetas: Banca, Crise, Crise de valores
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