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When you lose, don't lose the lesson

terça-feira, maio 08, 2007

Substâncias e Marinettis



Li, reli, li e reli a versão digital da prelecção (inicialmente solilóquio?) do Luís do Tugir sobre a síntese da coisa complexa que encerra e embrulha a cidade de Lisboa. Reconheço que a falta de palavras que têm marcado os posts do Luís no Tugir, coisa muito parecida com o "encher de chouriços", não acontece por desconhecimento das causas e dos efeitos dos embrulhos, nem dos esforçados e pré-esforçados (falemos apenas de cimento e aço e deixemos de lado as especulações com baldes de terra) que cerceiam o crescimento das cidades mais apetecíveis, num contexto da Área Metropolitana de Lisboa, para referir o País e não apontar o resto que é paisagem (risos), mas, quem sabe, por afazeres e falta de tempo ou de pachorra. Saliento que quando abalo dos posts do Luís do Tugir, sinto-me sempre mais esclarecido, depois de emergir de tanta substância - assim tipo chispalhada, bacalhau cozido com batatas, cozido à portuguesa… etc) das notas do Luís do Tugir (em português), e sobra-me a sensação de não ter praticado uma certa “alquímica” intelectual, mas antes transposto curtos caminhos de pedras no território do "esoterismo", ou seja, coisas tão codificadas, tão codificadas, que são do "folder" do oculto. Pois, repetindo-me, “qual é a cor do cavalo branco de Napoleão”.
Convirá, porém, caro Luís do Tugir, entender em todas os ângulos e perfis, dos camarotes reais à bancada da maralha, este proscénio escorregadio, em que se encenam vários actos de transmudação da ideia de pântano - no qual, não por ser teatro pobre, mas por falta de imaginação, as personagens nem sequer se dão ao trabalho de mudar a vestimenta nem de cenários, o que nos exige um (pré) esforço de benevolência e de autodisciplina para não desatarmos a partir montras e a incendiar automóveis só de pensar que no fim, com tanta boca cheia de “reforma”, de “mudança”, de “diferença”, de “modernidade”, de “confiança”, de “cooperação estratégica” tudo vai ficar na mesma, sem mudar as prateleiras mas apenas a posição dos biblots.



Para nossa segurança, que isto anda vigilante e perigoso, fico por aqui. Recomendo-te que leias uma nota que nos acrescenta o pensamento no Divas e Contrabaixos, sobre Vieira da Silva (pintora!) no Brasil. E insisto que dês umas voltinhas pelo Google Earth, nem que seja para perceberes o que há de terra livre, ainda por construir, em Lisboa e na urbes da Área Metropolitana, que é para a gente perder esse mau hábito de nos deixarmos engatar para militar por convicções e paixões, ou seja, para a ajudar por sistema a consolidar a vidinha e os pecúlios dos outros.
Bom… until further notice.

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