Os jogos das elites…
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… parcialmente explicados por Martim Avillez Figueiredo, no editorial de hoje, publicado com o título “Está podre, o sistema?”. O artigo não diz mais do que aquilo que já sabemos, mas o modo como aborda a questão merece destaque e um sublinhado.
Portugal é um país dominado por uma elite que se conhece há longos anos, partilhando o mesmo percurso pós-revolucionário. Não é gente com caminhos muito diferentes - e todos parecem sentir que esse serviço que prestaram ao país é uma conta difícil de saldar. É como se fossem credores da liberdade que hoje se vive. E isso parece autorizá-los a ter dos negócios e do Estado esta visão tão promíscua. Isso explica silêncios e omissões - até esquecimentos, como aconteceu com Dias Loureiro - em relação a assuntos públicos. Não é que se protejam uns aos outros, mas é como se fizessem parte de uma congregação que acredita que, na ausência da sua avisada acção, poderia muito bem não ter existido país. É por isso que este ataque de Henrique Granadeiro sai da moldura tradicional.
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