As cumplicidades dos carecidos…
Na leitura diária das notas de Eduardo Pitta, que acrescentam o pensamento, tenho-me deliciado com os textos sobre as casas da Câmara de Lisboa - tema, aliás, acompanhado por outros blogues. Sem a intenção de preencher as minhas carências intelectuais usurpando as faculdades dos outros, mas antes pretendendo multiplicar a informação, fiz dois sublinhados: um da nota com o título “As casas da CML, 2”, de 29 de Setembro, que recomendo, e mais um link de EP, que nos remete para um interessantíssimo artigo de Mário Crespo, no JN, com o cortante título “Pacto de silêncio“.
O “património disponível” ronda os quatro mil fogos, porque a Câmara de Lisboa, como provavelmente as outras 307 espalhadas pelo país, recebe 10% dos andares construídos por cooperativas de habitação. Trata-se, diz a CML, de contrapartida pela cedência de terrenos municipais.( Ler também a nota de hoje sobre o mesmo assunto)
Eduardo Pitta, em Da Literatura
Em essência nada distingue os extorsionistas profissionais dos bairros sociais das Quintas da Fonte dos oportunistas políticos que de suplicância em suplicância chegaram às Quintas do Lambert. São a mesma gente. Só moram em quintas diferentes. Por esse país fora.Se António Costa publicar a lista dos favorecidos e ele for fidedigna, muito queixo vai cair, tanto mais quanto esse enunciado poderá sintetizar a dificuldade em “fazer reformas” na Câmara Municipal de Lisboa. E ele só estará correcta se estiverem lá inscritos (pelo menos) um nome dum presidente de câmara e de vereadores, claro, desde a governação do Eng. Abecasis. A lista será longa, já que as permutas nunca deixaram de ser praticadas.
Mário Crespo, no JN
Etiquetas: Casas da CML
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