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When you lose, don't lose the lesson

quinta-feira, setembro 11, 2008

O senhor que se segue…

A tendência, para quem gosta de jogo, é ir a correr ao guichet e fazer uma aposta, presumindo que se está repetir um filme semelhante ao de Fernando Gomes, mas agora a ser rodado com Exmo. Ministro Rui Pereira como actor principal, sendo que é expectável a sua saída do executivo, excepto se Sócrates disser umas palavrinhas sobre o ministro e sobre os invulgares acontecimentos. Estou em crer que já ninguém acredita que esta “onda” seja um fenómeno de circunstância. Há qualquer coisa organizada na retaguarda - mal organizada, convenhamos -, misturada com uma boa dose de mimetismo criminoso de oportunidade protagonizado por gangs desenquadrados e outros marginais em roda livre. O problema poderá estar encerrado na lei das armas. Disso saberá quem pariu a coisa. Mas ao que me disseram - não sei se terá sido como me dizem - é que a aplicação do novo Código de Processo Penal libertou umas centenas de criminosos que agora andam por aí a fazer aquilo que sabem fazer - roubar e matar - usando armas que não apareceram agora por qualquer passe de magia. Até um mentecapto consegue concluir que as armas já cá estavam e o seu número tem vindo a aumentar nos últimos anos. Também se consegue aferir que existem retaguardas no que respeita a crime organizado. E que essas retaguardas - padrinhos, patrões, chefes, seja o que for - evidenciam uma certa incapacidade para controlar a malha do fenómeno criminoso, facto que não os favorece. Não se compreende, porém, qual a razão política para se ter assobiado para o lado. O conforto da monitorização e da sua (provável) localização não podem ter sido suficientes para levar a pensar que estavam preenchidas as medidas de prevenção? E isto já não vai lá apenas com "operações stop" e infiltrações. Talvez se adoptassem a sugestão de cartilha: bandidos combatem-se com bandidos.

Nota de rodapé: António Costa, ao que parece, saiu a tempo. Cada vez que o Exmo. Sr. Ministro Rui Pereira fala, calculo que se abre um sorriso de orelha a orelha numa expressão tão característica de Costa, certamente reforçada por uma manifestação irónica de Sócrates.


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