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When you lose, don't lose the lesson

domingo, junho 17, 2007

"Habituados a perder…"

Em tempos, no atelier de uma amiga, numa conversa sobre o cenário mais provável das eleições que levaram Santana Lopes e Pedro Pinto ao poder da Câmara de Lisboa, Ruben de Carvalho, referindo-se ao PCP, disse que estavam habituados a perder, por isso não ficariam abalados com o resultado, caso João Soares saísse de cena. Dito e feito… O João ficou zangado com o povo de Lisboa e a vida das coisas (políticas) continuou.
Leio agora com agrado a entrevista de Ruben de Carvalho, publicada no Correio da Manhã e da responsabilidade de António Ribeiro Ferreira. Registo uns excertos. O resto está no CM. A parte sobre a permuta da Feira Popular/Parque Mayer é esclarecedora quando Ruben afirma que passou com o voto do BE a favor... Pois. Mistérios de Lisboa.


A coligação PS/CDU não deixou a Câmara numa difícil situação financeira?
Isso é completamente mentira. É uma mistificação. É preciso recordar às pessoas que há três planos que precisam de ser distinguidos: o económico, o financeiro e o de tesouraria. O que se passa na Câmara é que a situação de tesouraria é muito má, a financeira é má e a económica é perfeitamente razoável para não dizer boa. Isto é, o activo é largamente superior ao passivo. É preciso que os lisboetas tenham a noção disto: a sua câmara não está falida.
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E com o Porto de Lisboa? Há algum diálogo?
Não há. Não há. O Porto de Lisboa é uma companhia majestática que governa metade da cidade e que não dá cavaco rigorosamente a ninguém. Há tempos os vereadores leram no jornal que a Administração do Porto de Lisboa se está a preparar para fazer uma urbanização nos antigos terrenos da Docapesca que poderá dar origem a quatro mil fogos. Mas o que é isto?
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Há muita coisa aprovada?
Matinha, Alcântara, Marvila ainda se parou a tempo, o Vale de Santo António e outras coisas. Até porque o doutor Santana Lopes fez da EPUL uma espécie de braço armado para operações imobiliárias. Veja os negócios com o Sporting e o Benfica, por exemplo. A primeira coisa é tentar suspender e averiguar o que se passou. Até porque temos de acabar com a prática de pôr cimento em todo o buraco de Lisboa.
In Correio da Manhã
Site Correio da Manhã > Entrevista

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