Divergências e um pratinho de caracóis
Não quis ver nem ouvir as cenas do 1º de Maio, que acabam por hábito numas boas cervejolas, uns camarões e umas amêijoas à bolhão pato - tal como as manifs do 25 de Abril. Ficaria incomodado, certamente, já que este ano, depois de tanto aperto de cinto, estamos estagnados nos sete vírgula três de desemprego (deve ser mais, aliás), o que pode pôr em causa as políticas laborais sustentadas por gente que consideramos de Esquerda. Não que esta minha má disposição me afaste do alinhamento com o essencial da ideia e do gesto do Dia do Trabalhador, mas porque seria moer-me tornando a ouvir e a ver o que se repete vai para largos anos, um cerimonial de contestação, conservador no discurso, sublinhe-se, sem que daí resulte uma única sugestão para contornar o buraco em que nos fomos enfiando, mormente no que respeita a convergências salariais europeias. E mais não acrescento.
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Por puro prazer da leitura, espreitem a nota no Água Lisa, sobre o 1º de Maio de 1975, uma troca de palavras entre João Tunes e Tomás Vasquez, à qual restará acrescentar que o segundo, nesse verão quente, não tinha ainda aderido (julgo) ao Partido Socialista, o que desculpa algumas imprecisões na “verdade histórica“. Ao primeiro apenas referir que a coisa não era bem bem uma tropa de choque com plano de ataque. Era para o embate, mas sem plano.
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Etiquetas: Sindicalismo
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