PP lá…
… e PP cá. O PSOE ganhou as eleições por causa da teimosia de Aznar em atribuir à Eta o atentado de 11 de Março de 2004 e também porque Arnaldo Otegi, dirigente do Batasuna, condenou o acto e recusou a responsabilidade do grupo armado.O processo de paz iniciado em Março de 2006 teve um momento digno de registo, vai para uns quinze dias, quando o presidente José Luis Zapatero reconheceu o erro provado ao acreditar no cessar fogo permanente de um grupo terrorista e no sucesso do diálogo com a Eta. O diálogo incompleto, sem humanidade de uma das partes, resultou na contradição de ZP que, na realidade, formatou as palavras de ordem da demonstração do PP em Madrid, com uma adesão invulgar de centenas de milhar de manifestantes, um partido popular ainda atravessado com os motivos da derrota eleitoral, uma direita substancialmente diferente da nossa, uma direita com upgrades, que se mobiliza por causas transversais, mais ideológica, sabendo unir-se com um sentido próprio de oportunidade. Não é apenas “Holla“ e não se identifica sobretudo com os “dinheiros” e seus fluxos negociáveis.
A propósito do processo Eta, não será desajustado considerar os valores envolvidos nas operações do grupo armado - diz-se que substancialmente subsidiado em muitos milhões de euros por máfias - e nas de Segurança por parte do Estado, em todos as áreas. Talvez assim se consiga compreender parte da lógica da necessidade de concentração de poderes, no plano da cooperação (estratégica), da investigação, da informação e das polícias. Talvez assim admitamos, com algum esforço, conseguir ponderar o conteúdo dos power points sobre o SISI ou sobre os sistemas de informação de emergência e segurança, num enquadramento peninsular ou ibérico para os mais líricos.
Nota no Tugir com um interessante power point.
Etiquetas: Politica, Segurança, Terrorismo
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