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When you lose, don't lose the lesson

sexta-feira, março 09, 2007

O situacionismo…

… do opositor. Conheço boa gente que fica com o pêlo eriçado só de ouvir pronunciar o nome de Pacheco Pereira. Razões antigas, das velhas “lutas”, com efeitos bem instalados nas mentes. Pela parte que me toca, nem urticária nem outras alergias, e por isso, sem querer pendurar-me na sapiência de outro, mas antes como uma vénia, continuo a subscrever muitas coisas que o Dr. PP escreve. Desta, um sublinhado da nota de hoje sobre Paulo Portas e Santana Lopes, partes integrantes de um grupo, género arco-íris, que se reúne regularmente numa cave de uma vivenda ali para os lados… O post certeiro que se dá pelo título «Querer “fazer oposição” como retórica». O sublinhado é este: (…) «porque para se poder fazer oposição a Sócrates tem que se ter, em primeiro lugar, credibilidade e nenhum dos dois a tem. É que os principais responsáveis da colocação de Sócrates e do PS no sítio onde estão, são os dois. E o que eram ontem são-no ainda mais hoje. Por isso não há retórica que dê a volta a esta situação.

Link que recomendo a visita.





Enaltecer a “cooperação estratégica” silenciosa. Em 22 de Janeiro do passado ano, Cavaco Silva venceu Mário Soares, Manuel Alegre, Jerónimo de Sousa, Francisco Louçã e Garcia Pereira e foi eleito Presidente da República, passando a ser o vigilante residente do governo do “PS”, de maneira a “garantir” que não nos extraviemos do caminho da estabilidade, não como valor em si, e do desenvolvimento, provavelmente como valor em si, promovendo um novo conceito de “roteiros” em substituição das estafadas presidências abertas que se tornaram uma espécie de consultas ao domicílio. José Sócrates, sempre que pode, irradia os devidos panegíricos ao PR. E presumo que Maria Cavaco Silva, sendo de “centro-esquerda“, regista as simpatias tão diligentes do PM no seu diário da situação, para sorrir nos serões à lareira na reforma.



Entretanto, Marques Mendes, como que de castigo, continua à frente do PPD/PSD e não há quem o descole do chão, apesar de levezinho, sem golpe de asa que começa a demorar, personalidade política a quem me permito recomendar a leitura urgente deste livro. Convenhamos que a reentrada em cena de Paulo Portas, caso ainda haja cadeiras disponíveis em sub-pastas do governo, pode influenciar o panorama das coisas domésticas, conquanto a triangulação seja feita com o gozo de quem gosta de correr. Ou com a Arte. E Sócrates, como já entendemos, gosta.
Sendo que passou um ano de vigilância escrupulosa de Cavaco Silva, aqui fica, respeitosamente, por uma questão pedagógica, a letra do nosso símbolo nacional, pelo qual todos desafinamos, da autoria de Alfredo Keil e Henrique Lopes de Mendonça, a saber:



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A Portuguesa
Heróis do mar, nobre povo,
Nação valente, imortal,
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria, sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

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Sendo que o PM já anunciou que vai dar seguimento ao pedido do Digníssimo Senhor Presidente da República, entrelaçando o desígnio da sua próxima presidência europeia com o desígnio dos europeus em África e o mito do eterno retorno é, pois, com subida consideração e entendendo os sinais deste tempo aqui, que seguidamente reproduzo, também com o objecto escolar, algumas sábias sentenças que podem ser lidas no site oficial da Presidência da República.

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"É hoje ponto assente que a principal riqueza de um País ou de uma instituição, seja empresa ou serviço público, são as pessoas que nelas vivem e trabalham".
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"É tempo de nos preocuparmos com a qualidade da nossa democracia (...) Temos de aprofundar a dimensão ética da cultura republicana e sublinhar a necessidade de transparência das instituições e de moralização da vida pública".
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"Hoje, vemos a Índia como um local onde o futuro está a ser moldado: uma terra de indivíduos brilhantes, de novas tecnologias, investigação, inovação e indústrias de ponta. É esta a Índia que eu gostaria de motivar para uma cooperação cada vez maior com Portugal."
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Para registar este ano de nova presidência, convirá apontar igualmente a importância das Primeiras Damas, sobretudo as da esquerda e do centro-esquerda, quanto a implementação de sistemas de cooperação e esquemas coloridos e estratégicos. Aqui fica pois a merecida fotografia que, em último significado, abrilhanta e qualifica este apagado Vida das Coisas.



Imagem gravada a partir do site da Presidência de República, na página “Maria Cavaco Silva”.

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Seguindo o rumo da didactologia, a ver se os grunhos dos desqualificados aprendem alguma coisita, recomendo as virtualidades da visita ao site da PR. Nele, para além de imensas novidades que nos espantam, descobre-se que o primeiro Presidente da República (1911/1915) foi Manuel de Arriaga ( 1840/1917).

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