The last year…
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… and the new 1. O ano está terminar. A maior parte dos bloggers estará, certamente, a preparar uns escritos sobre este ano que se completa. Anseio por esses resumos com o melhor e o pior do que fomos. Mesmo aqueles que sacodem o passado, terão o seu momento de prospectiva sustentado nos factos que se sucederam ao longo dos meses, dos dias, das horas e dos minutos, deixando os segundos para os mais meticulosos nas retrospecções. Anseio pelas sínteses de alguns eminentes fazedores de opinião, pelo seu estilo, pelo seu modo peculiar de raciocinar e articular conjecturas. Anseio, pois, pelas notas dos óbvios de nomeada, claro. Surgirão concursos sobre a maior mentira de 2006 ou a atrapalhação que mais se destacou nas notícias. Uns reafirmarão e adjectivarão a porcaria de ano que passou. Enquanto outros, situacionistas ou se calhar mais justos, enaltecerão, com uma fragrância desavergonhada, a rondar a sonsice, os aspectos aparentemente positivos do filme que chega ao intervalo, aprontando-se para ajudar a redigir as páginas do guião das cenas que se seguem, em diferentes áreas, sectores e actividades em que o pagode deve padecer. O balanço será exaustivo e ficaremos, como sempre, à espera da torneira da nossa bem amada Comunidade Europeia, que se abrirá em 2007.
Para mim, simplório - disse bem, simplório! -, os dois momentos mais significativos não têm nada a ver com os imbróglios planetários ou as internacionalices óbvias ou com as virtualidades dos fados e das ilusões lusas. A Energia vai ser outra. Óbvio. O planeta aquece. Óbvio. A globalização inventou-se para o Mundo ter com que se auto justificar e não se embrulhar, por sistema, à tareia, embrulhando-se, como é óbvio, em estúpidas nódoas de coisa vivas em estado de pancadaria. Para mim, as Coisas são mais elementares e nem sequer tocam a “corrupção desportiva” ou se Maria José Morgado vai ou não metê-los dentro; não me interessa o processo Envelope 9, nem os desenvolvimentos da Casa Pia, nem o Caso Camarate. Para mim, na actual conjuntura, tem mais importância a atitude colectiva, tão expressiva e tão homogénea, quanto inconsciente, evidenciada pelo transtornado fluxo das férias de verão e em relação ao consumo grosseiro e respectivo endividamento nesta época natalícia. Acrescento uma nota de rodapé para o um factor constante, que é o espectáculo dos primeiros dias de cada um dos doze meses, em que todos resolvem ir de carro para o emprego - com dinheiro fresco na carteira, ala, arruinados, motores em marcha, a tirar a barriga de misérias e a manter as aparências, endrominando as estatísticas que deveriam manifestar ainda um estado de crise.
A vida das coisas é insípida, mas paradoxalmente animadora. Há, sente-se, uma subtil melhoria no essencial, que é o euro na carteira. Porque no acessório, segundo parece, vai continuar o baralhar das cartas, mudando tudo, para tudo ficar na mesma, sendo que as figuras conotadas com o “buraco” e com o “peso do Estado”, um conto de Fadas, continuam instaladas à boca da manjedoura. Por conseguinte, ilações pequeninas para coisas pequeninas e nada de megalomanias.
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Ainda não decidi se interromperei, durante uns dias, as notas neste blog. Portanto, à cautela, aqui fica para os meus verdadeiros amigos o desejo sincero de boas entradas. Este voto, porém, numa época de boa-vontade, é extensivo aos hipócritas que, lá no fundo, querem é ver-me pelas costas e para os quais francamente desejo que alcancem o dobro do que me desejarem.
Por hoje, beijos, abraços e os melhores cumprimentos.
For 4U & every1! E visitem o http://www.abrupto.blogspot.com/, o http://www.tugir.blogspot.com/, o http://www.claro.motime.com/, o http://rititi.com/, o http://100nada.blogspot.com/, o http://portugaldospequeninos.blogspot.com/, o http://hojehaconquilhas.blogspot.com/, entre outros que podem encontrar nesta lista da coluna do lado. Ah… é verdade. Leiam o Sol, mas cumpram as obrigações para com o Expresso. E espreitem esta cartilha. E experimentem este blog, que nos retrata com rigor.
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Etiquetas: Blogosfera
1 Comments:
Boas entradas, meu caro Rui.
Que os espítos socratianos te dêem a mesma tranquilidade que lhe dão a ele.
E um abraço, dos bons.
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