“Em política há muita memória curta” (II)
O governo insufla-nos doses maciças de optimismo. Em grande medida lá vamos, quais dependentes de prozac’s, cantando e rindo inebriados. Agora, assim tipo estimulante dos neurónios, vem o Fundo Monetário Internacional dizer que devemos, por bom-senso e prevenção, não embandeirar em arco, sendo razoável assentar os pés no chão, apesar das razões políticas eleitorais, visto a leitura feita do estado da nossa economia não ser muito abonatória. Leia- se, por ex., não pela substância. mas pela ironia, o post redigido ao estilo "vá lá a gente acreditar em quem?...", do Dr. Tavares Moreira, no Quarta República, com o título "FMI já não entende a economia portuguesa", com uma boa dose de zombaria, que, quem sabe, pode deixar alguns bem dispostos.
Quem certamente saberá do ponto médio onde se cruza a verdade dos números será, calculo, o Exmo. Sr. Dr. José Lamego, que já foi funcionário do FMI e andou alguns anos pelos meandros da Internacional Socialista.
(...) prevê o FMI que a economia portuguesa cresça apenas 1,3% em 2008, abaixo da média da zona Euro (1,4%).Quarta República
Como é possível o FMI por em causa uma taxa de crescimento de 2,2%, que sabemos absolutamente garantida - constitucionalmente garantida - e para a obtenção do qual as agências de comunicação tanto têm trabalhado e vão continuar a trabalhar, de forma patriótica, quase sem remuneração como sabemos (recebendo apenas o estritamente necessário para o magro sustento de suas famílias)!
(...) o mesmo FMI prevê acerca da inflação em Portugal para 2008...provavelmente uma taxa superior a 2,1%...
O FMI não é certamente capaz de avaliar as vantagens do controlo da inflação por decreto - da protecção jurídica da inflação contra o assédio imoral dos preços - assegurando às populações um bem estar estatístico e abstracto capaz de as compensar dos malefícios da subida dos preços dos bens que por deformação consumista são obrigadas a adquirir...
(...)
O FMI ainda não entendeu uma lição magistral proferida em Fevereiro de 2000 em Portugal, segundo a qual discutir o défice externo deixou de fazer qualquer sentido a partir do momento em que aderimos ao Euro...é a mesma coisa que falar do défice externo do Mississipi...
Que interessa o endividamento externo?
Que importa o País endividar-se até “à ponta dos cabelos”?
(...)
Se este ano mais de 5% do PIB vão ser aplicados no pagamento de juros e rendimentos ao exterior e o défice corrente vai ultrapassar 10% do PIB, os credores devem sentir-se imensamente felizes...Tavares Moreira, in Quarta República
Etiquetas: Economia, Quarta República
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