Acordem e habituem-se !
Não tenho escrito grande coisa. O que, vendo bem, não é grave. Não é que as minhas notas tenham alguma relevância mas, não escrevendo, interrompo a terapia ocupacional, prisma pelo qual encaro este blogue. E como aumenta cada vez mais a vontade de maledicência, o melhor, claro está, é ficar calado... não vá um bufo levar a coisa a sério e tecê-las.Neste primeiro dia do ano quero agradecer ao Luís por ter adoptado e divulgado o meu Season's Greetings Card que, modéstia à parte, é porreiro, pá. Saiu-me bem, mas creio que aumentou as animosidades, sobretudo de certos serventuários que querem mostrar serviço junto dos chefes.
-
Neste dia 1 comecei também por registar a sugestão de leitura do Tomás, que nos empurra para um texto engraçadíssimo no DN, do Nuno Brederode dos Santos, “À beira das doze passas”, sobre um naco amargo das nossas misérias actuais, no caso apensas às referências aparentemente impolutas da nossa Economia, em particular as da banca e respectivos correligionários, um texto que termina desta maneira elucidativa: "Salazar não é da Pide. A Pide é que é de Salazar" - texto que pode ser complementado por outro, com o título (desjustado e exagerado, aliás) de PS, S.A., da autoria de António Barreto, de que destaco uns excertos.
É um velho mito das Esquerdas: o poder político deve comandar o poder económico. Uns consideram que o “poder político” é o do soberano, do eleitor. Outros têm um entendimento mais vasto: é o poder dos políticos, sejam ministros ou vereadores, directores gerais ou deputados.-
(…)
Há quem pague as obras nas sedes dos partidos, quem simplesmente financie as suas actividades e quem subsidie as campanhas eleitorais. Há também quem encontre outras maneiras de facilitar as decisões: depósitos no estrangeiro, transacções em “dinheiro vivo”, subsídios a instituições desportivas, culturais ou mesmo de beneficência. Nos partidos, há gente especializada nesse negócio. Uns são brutos, tratam dos trocos e recebem percentagem. Outros são delicados gestores ou representantes de boas famílias que se ocupam dos grandes números.
(…)
Estamos a viver episódios de real perda de autonomia do capitalismo nacional. Alguns dos seus dirigentes prestam-se com agilidade e gratidão à promiscuidade. Uns com interesse puro e simples. Outros com receio de serem presos. Ou apanhados na operação Furacão.
Avanço, neste primeiro dia, igualmente para um texto de Pacheco Pereira sobre a blogosfera, o qual não consegui ler até ao fim, mas achei interessantíssimo para entreter estes serões chuvosos da província - nota, aliás, bem comentada por Pedro Caeiro, no Mar Salgado, blogue no qual sugiro também a leitura da nota com o título “Teoria geral dos balanços”, de Filipe Nunes Vicente.
Link A Barbearia do Senhor Luís
Link Conquilhas
Link DN/Sapo
Link Mar Salgado 1
Link Mar Salgado 2
Link O Sorumbático
Etiquetas: Banca
2 Comments:
Bufos à parte, meu caro Rui, o que interessa é que entre as passas e rabanadas lá se passou mais um ano.
Veremos o que este bissexto nos tem para dar.
Um grande abraço e bom 2008.
Obrigada pelas sugestões :)
um beijo e um óptimo 2008.
Enviar um comentário
<< Home