Maçonaria
António Ribeiro Ferreira entrevistou António Reis, Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano. A entrevista está publicada no Correio da Manhã e é interessante. Breve mas esclarecedora quanto a determinados temas sensíveis, desde as relações com a Igreja Católica, passando pelo Partido Socialista, pela Cultura ou pela corrupção. Calcula-se que as posições reveladas se possam considerar oficiais.A ler no Correio da Manhã online. Deixo dois excertos.
ARF – Nos últimos dez?
Sim, praticamente duplicou o número dos seus membros.
ARF – Porquê? Há alguma razão para isso.
Eu julgo que sim. Julgo que tem a ver muito com um certo declínio de interesse pela vida partidária, por um lado, e também tem a ver com o chamado declínio das ideologias. Entraram em crise. Antes tinha sido o positivismo, depois foi o marxismo, as próprias religiões tradicionais deixam de ter tanto impacto junto das elites. E a maçonaria sempre foi algo que suscitou interesse sobretudo nas elites intelectuais.
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ARF – O poder político recusa aceitar o crime do enriquecimento ilícito.
Eu não estou de acordo com isso. De maneira nenhuma. Quem não deve não teme. Acho que há um limite para essa defesa dos direitos individuais. Como republicano que sou entendo que os direitos da comunidade se sobrepõem em última análise a direitos individuais. E importa esclarecer uma questão ideológica sobre o Estado.
Entrevista de António Reis por António Ribeiro Ferreira, no Correio da Manhã
Para ilustrar o tema deste post, a Augusta Ordem, aqui fica um trabalho antigo, de 1985, que provavelmente retrata um amigo.
Rui Perdigão ©
"O Maçon". Pintura. Técnica mista. Exposição individual na Galeria Trindade.
Edição de 150 ex. em Serigrafia. (1985)
"The Freemason". Painting. Mixed technique. Solo Exhibition in the Trindade Gallery.
Edition of 150 copies in Screenprinting. (1985)
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