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When you lose, don't lose the lesson

quarta-feira, setembro 10, 2008

Tripeiros…



Por aquilo que me vai chegando das movimentações partidárias socialistas portuenses, retenho, por enquanto, uma opinião favorável em relação a Renato Sampaio, actual líder da distrital do PS, apesar da sua fragilidade - aliás assumida - de se emocionar demasiado com os discursos inflamados de José Sócrates. No entanto, a polémica candidatura de Pedro Baptista, que certamente não é de pieguices, pode tornar as eleições interessantes. Por exemplo: só o facto de contemplar na sua moção coligações à esquerda nas autárquicas de 2009, já terá provocado calafrios a muito boa gente bem instalada e a uns quantos micro caciques, considerando que essas alterações ambientais podem provocar nas representações internas. É mais do que óbvio que Pedro Baptista pouco ou nada ganhará para além de tempo de antena interno e algum apetite noticioso. Reproduzo um pequeno destaque na notícia da Lusa/Sapo.
Rejeitamos a concepção de disciplina baseada no silêncio, na aquiescência acéfala, no pensamento único ou no não-pensamento e rejeitamos a concepção carreirista da política como serventuário do superior hierárquico.
Pedro Baptista
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Tripas

seta linkCozinha Tradicional Portuguesa Da Editorial Verbo

Lavam-se as tripas muito bem e esfregam-se com sal e limão. Cozem-se em água com sal.
Limpa-se a mão de vitela e coze-se.
Noutro recipiente cozem-se as restantes carnes e o frango.
Estas carnes retiram-se à medida que vão estando cozidas.
Coze-se o feijão, que já está demolhado, com as cenouras às rodelas e uma cebola aos gomos.
Pica-se uma cebola e «estala-se» numa colher de banha.
Juntam-se todas as carnes cortadas em bocados (incluindo as tripas, frango, enchidos, etc.).
Deixa-se apurar um pouco e introduz-se o feijão.
Tempera-se com sal, pimenta preta moída na altura, o louro e a salsa.
Deixa-se apurar bem. Retira-se a salsa e serve-se em terrina de porcelana ou de barro, polvilhado, segundo o gosto, com cominhos ou salsa picada e acompanhado com arroz branco seco.
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A este prato devem os Portuenses o epíteto de Tripeiros de que muito se orgulham e que é como que o testemunho da sua reconhecida generosidade.
Dizem uns que esta receita data de 1384 e que se deve ao facto de os Portuenses terem enviado toda a carne para a frota que, chefiada por Rui Pereira, veio em auxílio de Lisboa, cercada por D. João I de Castela; outros atribuem o facto, uma vez mais, à generosidade dos Tripeiros que, em circunstâncias semelhantes, aquando da expedição de Ceuta, ficaram reduzidos a comer apenas as miudezas da carne.

seta linkNoticia Lusa/Sapo


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